Projeto dos royalties aprovado pela câmara não prevê recursos para a educação

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 6, sem alterações, o projeto de lei do Senado que trata da nova distribuição dos royalties do petróleo

A ideia do Executivo, desde a semana passada, era destinar 100% dos royalties dos poços que serão licitados a partir do ano que vem para a educação. A presidenta Dilma Rousseff também defendia a manutenção dos atuais contratos de exploração do regime de concessão para preservar os ganhos dos estados produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Prestes a ser aprovado, o relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) foi rejeitado de maneira inesperada, por nove votos de diferença. A derrota ocorreu logo depois da divulgação de um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrando supostas perdas para estados e municípios não produtores na comparação com o texto aprovado pelo Senado.

Aprovado em outubro do ano passado pelo Senado, a proposta de autoria do senador Wellington Dias (PT-PI) e relatada pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), foi alvo de críticas dos governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Renato Casagrande. Na ocasião, os dois ameaçaram ir ao Supremo Tribunal Federal caso a proposta não fosse modificada pela Câmara.

A proposta reduz de 30% para 20%, já este ano, a fatia da União nos royalties. Os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, principais produtores de petróleo do país, terão seus ganhos diminuídos, também a partir do ano que vem, de 26,25% para 20%. Os municípios produtores terão as maiores perdas: dos atuais 26,25% para 17%, chegando a 4%, em 2020. Os municípios afetados pela exploração de petróleo também sofrerão cortes de 8,75% para 2%.

Os demais estados e municípios do país, aqueles que não produzem petróleo, que recebem atualmente 8,75%, passarão para 40% de forma gradual até 2020. Em relação à participação especial, um tributo incidente na exploração de campos com grande produtividade, a União, que hoje recebe 50%, passará, no ano que vem, para 42%. Com o aumento de receitas devido à exploração de petróleo na camada pré-sal, a União terá sua alíquota ampliada, gradativamente, até 46%.

Fonte: Agência Brasil

Compartilhe:

Leia mais
Copom primeira reunião 2025
Com mercado de trabalho e de crédito aquecidos, BC promete novo aumento de juros em março
Sindipesca-AM reunião defensor público
Sindipesca-AM apresenta pautas dos pescadores a defensor público: "nosso futuro está em risco"
Supermercados propõem mudanças no VR e no VA
Supermercados propõem mudanças no VR e no VA para conter alta no preço dos alimentos
Indústria Brasil - desindustrialização está sendo revertida abdi
Processo de desindustrialização do Brasil está sendo revertido, afirma presidente da ABDI
Sindiguaíba CSB-RS protesto cargos comissionados
Com apoio da CSB-RS, Sindiguaíba protesta contra projeto que desvaloriza servidores concursados
Sindpd-SP ganha ação sobre PLR
Após ação do Sindpd-SP, empresa é condenada por não negociar PLR em 2020, 21, 22 e 23
fake news taxar pix 5 mil reais
BC anuncia medidas que prometem reduzir juros e facilitar pagamentos por Pix
Hely Aires e Antonio Neto
Filiação à CSB visa fortalecer luta dos servidores públicos, diz presidente do Sinplalto
Desemprego atinge menor patamar da história
Desemprego fecha 2024 em 6,2%, menor índice da história; mercado reage negativamente
pagamento cartão restaurante vale-refeição
Governo estuda mudanças nas regras do VR e do VA para reduzir custos; entenda