Previdência estuda liberar auxílio-doença sem análise de perito

A proposta do INSS irá favorecer quem precisa receber o auxílio-doença em afastamentos de curta duração 

Para dar mais agilidade à liberação de benefícios previdenciários em casos considerados de menor complexidade, o Ministério da Previdência quer permitir que o auxílio-doença, em algumas situações, seja concedido sem a análise dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Ou seja, o segurado poderia ter acesso ao auxílio apenas com a recomendação de seu médico.

A medida, em estudo no governo, pretende liberar os peritos do INSS para a análise de casos mais complexos, que acabam rendendo benefícios de maior duração. Esses auxílios são os que mais oneram os cofres da Previdência.

Segundo o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, um dos principais problemas na liberação do auxílio-doença é o tempo de espera para atendimento do segurado. Várias ações civis públicas foram concedidas, determinando a concessão provisória de benefícios previdenciários, ou de prestação continuada, nos casos em que a espera para realização do exame pericial ultrapasse 45 dias.

Para o ministro, a liberação de auxílio-doença de curta duração pode ser feito por um médico que não seja perito do INSS, o que desafogaria o sistema. Atualmente, o INSS conta com 4.704 médicos peritos em todo o país, o que não é suficiente para atender à demanda. No ano passado, foram concedidos 338 mil auxílios acidentários, o que não engloba todos os casos analisados pelos peritos.

Segundo o ministro, a possibilidade de liberar a concessão do auxílio-doença sem a análise do médico do INSS facilita acesso ao benefício de curta duração, onde é alta a probabilidade de o perito confirmar aquele diagnóstico. Os peritos existentes vão se dedicar aos casos mais importantes. A possibilidade de dispensa da perícia por médicos do INSS está sendo discutida no âmbito do Conselho Nacional de Previdência Social.

Segundo dados do ministério, as despesas com auxílio-doença somaram R$ 22,9 bilhões em 2013, aumento real de 26,58% em relação a 2012. Essa gasto tem sido pressionado pelo aumento das indenizações pagas devido a acidentes de trânsito e a usuários de drogas. Para técnicos do Ministério da Previdência, uma forma de controlar o ritmo de expansão da liberação de auxílio-doença é tentar dar mais efetividade aos programas de reabilitação profissional. Dessa forma, os segurados receberão o benefício por um período mais curto.

Uma das ideias em estudo é fazer “ajustes” na legislação para que sejam criados benefícios que incentivem o retorno ao mercado formal, assim como para que as empresas contratem funcionários que tenham passado por requalificação.

Fonte: Valor Econômico

Compartilhe:

Leia mais
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e o meio ambiente; íntegra
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas em audiência na Câmara
csb menor (2)
Centrais apresentam pauta prioritária e agenda legislativa em reunião no Congresso
painel 5 encontro executiva nacional csb 2025
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 5 – Agenda parlamentar sindical; assista
painel negociação coletiva
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 4 – Práticas antissindicais; assista
csb menor (39)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 3 – Negociação Coletiva; assista
csb menor (38)
Centrais sindicais protestam contra juros altos em dia de mais uma reunião do Copom