Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, desembargadora Beatriz Henk, marcou presença na manifestação
Mais de três mil pessoas participaram da manifestação contra as reformas trabalhista e previdenciária realizada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Encabeçado pelas centrais, o ato foi realizado na última sexta-feira (10), um dia antes da Lei 13.467/2017, que sancionou a reforma trabalhista, entrar em vigor.
A concentração começou às 16 horas com um abraço simbólico no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. “Às 17h30 todos os movimentos sociais se dirigiram até a esquina democrática de Porto Alegre, isso deu mais ou menos 50 minutos de caminhada. Foi muito bonito porque foi muita gente caminhando com bandeiras, com faixas, e lá ainda tivemos outro ato, em pleno centro de Porto Alegre”, explicou a presidente da CSB RS e presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais no Estado do Rio Grande do Sul (SASERS), Eliane Gerber.
Conforme contou a dirigente, diversos movimentos sociais tomaram a palavra, como o estudantil, da juventude, da mulher, do negro e da favela.
Desembargadora
Em discurso, a presidente do TRT, desembargadora Beatriz Henk, disse que o governo está atacando frontalmente os direitos trabalhistas, a Justiça do Trabalho e que haverá resistência por parte do conjunto dos juízes, de todo o magistrado, para que a Justiça do Trabalho não venha a ser tão enfraquecida. Ela agradeceu o apoio das centrais e afirmou ainda que o judiciário está debruçado no estudo das inconstitucionalidades da reforça trabalhista.
Reformas
Na avaliação de Eliane, a reforma trabalhista traz perdas imensuráveis. “A gente tem certeza de que vai impactar diretamente na população, nos direitos dos trabalhadores de uma forma nunca antes vista no Brasil. Nós retrocedemos 75 anos nos direitos trabalhistas. É uma reforma que serve ao patronato, às grandes corporações, aos grandes bancos”, analisou.
Segundo a presidente da CSB RS, com a lei em vigor, é hora de “fazer um trabalho de corpo a corpo dentro das fábricas, dentro dos locais de trabalho, esclarecendo o trabalhador, fazendo muita resistência, muita pressão nos órgãos governamentais nos parlamentos, nos gabinetes de deputados”.
Para a dirigente, o texto da Previdência também ataca direitos. “Está mais do que provado que a Previdência é superavitária, mas ele [o governo] prefere exonerar as empresas e os grandes bancos que devem à Previdência Social para atacar na base a população”, disse.