Empresas deverão criar plano com sindicatos para cumprir lei da igualdade salarial

O presidente Lula assinou um decreto para regulamentar a lei da igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. Pelo novo regramento, empresas com mais de cem colaboradores com sede, filial ou representação no Brasil terão de divulgar, duas vezes ao ano, um relatório de transparência salarial e de critérios remuneratórios.

O objetivo da medida é garantir que as firmas estejam de acordo com a lei, sancionada por Lula em julho. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União na última quinta-feira (23). O documento, a ser divulgado nos meses de março e setembro, deverá ser disponibilizado aos empregados e ao público em geral, nas redes sociais e nos portais das empresas.

O relatório terá de listar o cargo ou a ocupação dos trabalhadores e os valores de todas as remunerações pagas – salário contratual; 13° salário; gratificações; comissões; horas extras; adicionais noturno, de insalubridade, de penosidade, de periculosidade, entre outros; terço de férias; aviso prévio trabalhado; descanso semanal remunerado; gorjetas; e outras remunerações previstas em norma coletiva de trabalho.

Relacionada: CSB marca presença em evento de sanção da lei de igualdade salarial

As informações divulgadas terão de ser anônimas, estar de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e ser enviadas ao Ministério do Trabalho e Emprego, que poderá pedir informações complementares às empresas. A pasta será responsável pela fiscalização do cumprimento da lei e do decreto.

O ministério também vai disponibilizar o canal para que as empresas enviem os relatórios, além de notificar as firmas quando a auditoria-fiscal do trabalho verificar desigualdade salarial. Depois da notificação, as empresas terão 90 dias para elaborar um plano de ação para mitigação da desigualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.

O plano deverá apresentar quais medidas a empresa vai adotar para alcançar a igualdade salarial, além de metas e prazos e criação de programas de capacitação. Representantes de entidades sindicais e dos empregados vão participar da elaboração e implementação do plano de ação. O ministério também vai criar um canal específico para denúncias, além de avaliar os resultados e monitorar os dados.

Fonte: R7

Compartilhe:

Leia mais
reunião tst centrais sindicais
Centrais têm reunião com presidente do TST sobre contribuição assistencial e emprego no RS
APOIO À NOTA TÉCNICA Nº 09 DA CONALIS
Centrais sindicais dão apoio à Nota Técnica da Conalis (MPT) sobre contribuição assistencial
acordo rodoviários porto alegre trt
Rodoviários de Porto Alegre terão reajuste no salário e no vale-alimentação
Apoio Financeiro RS prorrogado
Governo amplia prazo para empresas do RS aderirem a Apoio Financeiro a funcionários
prodesp descumpre cota jovem aprendiz
Tarcísio promete 60 mil vagas de Jovem Aprendiz, mas Prodesp descumpre cota
Fachada ministério do trabalho
Ministério do Trabalho notifica 1,3 mil sindicatos para atualizar informações; acesse a lista
falecimentot josé alberto rossi cnpl
Nota de pesar: CSB lamenta falecimento de José Alberto Rossi, ex-presidente da CNPL
3a plenaria conselhao
Centrais defendem esforço maior contra a desigualdade em plenária do Conselhão
Desemprego no Brasil cai em 2024
Desemprego no Brasil cai de 8,3% para 7,1% em um ano; massa salarial cresceu 5,6%
Encontro sindicatos BR-CHINA SP 2
CSB recebe sindicalistas chineses para apresentar atuação sindical no Brasil