PIB cresce 2,7 e confirma Brasil como sexta economia do mundo

O PIB brasileiro cresceu 2,7% em 2011 e alcançou R$ 4,143 trilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda que bem inferior à projeção do governo no início do ano passado, de expansão de 5%, o resultado de 2011 evidencia o relativo bom momento da economia brasileira num momento em que a Europa e os Estados Unidos enfrentam graves dificuldades para voltar a crescer.

O desempenho também confirma que o Brasil ultrapassou a Grã-Bretanha no ranking das maiores economias mundiais, assumindo a sexta posição (as cinco maiores economias são, por ordem de grandeza, Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França).

No entanto, apesar do resultado anual, os dados indicam que houve uma desaceleração da economia no fim do ano passado. Segundo o IBGE, a economia cresceu 0,3% nos últimos três meses de 2011 em relação ao trimeste anterior.

Segundo o IBGE, o desempenho da economia em 2011 foi puxado pelo consumo das famílias, que teve expansão de 4,1% em relação a 2010. Também tiveram bons resultados os setores agropecuário, com crescimento de 3,9%, e o de serviços, com 2,7%.

No setor industrial, conforme esperavam os analistas, o desempenho foi pior, com crescimento de 1,6%, puxado pelos setores de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,8%) e da construção civil (3,6%). Em compensação, a indústria de transformação ficou praticamente estagnada em relação a 2010, tendo crescido 0,1%.

Apesar da taxa anual positiva, o setor industrial vem perdendo o fôlego nos últimos meses. De acordo com o IBGE, a indústria nacional está encolhendo desde a metade do ano passado. Economistas avaliam que, em 2012, a situação continua a se deteriorar, principalmente devido à valorização do real, que encarece as vendas brasileiras no exterior e barateia as importações.

Também segundo analistas, o baixo ritmo de crescimento no quarto trimestre se mantém no início de 2012 e deve fazer com que o Banco Central (BC) continue a reduzir a taxa básica de juros, com o objetivo de injetar mais dinheiro (por meio de crédito) na economia. O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC se reúne nesta semana para decidir sobre a taxa, atualmente em 10,5% ao ano.

Desde setembro do ano passado, o governo já reduziu a taxa em dois pontos percentuais e tem anunciado a intenção de baixá-la ainda mais, para menos de 10%.

Apesar das reduções, a taxa de juros brasileira continua no topo do ranking mundial, à frente de Índia (8,5%), Rússia (8%), Hungria (7%) e China (6,56%). Em economias desenvolvidas, como EUA, Japão e Grã Bretanha, a taxa está próxima de zero.

A elevação dos juros é um dos principais instrumentos para o controle da inflação, mas tem efeitos colaterais. Quando eles sobem, bancos costumam aumentar suas taxas para empréstimos, o que desestimula investimentos produtivos.

Embora os dados indiquem desempenho tímido da economia no início do ano, analistas esperam desempenho positivo para o varejo com o aumento do salário mínimo, que passou a vigorar em 1º de janeiro. Neste ano, o salário mínimo subiu 14%, para R$ 622.

Fonte: BBC Brasil

Compartilhe:

Leia mais
Chapa 1 fenapef
Chapa 1 vence eleição para diretoria da Fenapef com 62% dos votos válidos; veja resultados
STF pauta ações trabalhistas
Servidores públicos podem ser contratados via CLT e outros regimes, valida STF; entenda
reunião juizes de paz bahia csb
CSB-BA apoia regulamentação da profissão de juiz de paz em reunião com governo do estado
pesquisa prioridades profissinais de TI Fenati
Fenati chama profissionais de TI para definir prioridades de atuação dos sindicatos; saiba
juros altos famílias endividadas
Juros altos mantêm famílias endividadas, diz CNC; Copom deve elevar Selic nesta quarta
audiencia ministério do trabalho prevenção acidentes motociclistas
Audiência no MTE discute prevenção de acidentes com motociclistas profissionais
Debate ALMG PL 2238 servidores Ipsemg
Na ALGM, Sindicato dos Servidores do Ipsemg defende valorização da carreira
Luiz Marinho nega mudança seguro-desemprego
"Deveriam estudar legislação", diz Marinho sobre ideias que mudariam seguro-desemprego
Nota tecnica 09 conalis mpt resumo
Procurador do Trabalho resume principais pontos da Nota Técnica nº 09 da Conalis; entenda
TRT 15 Campinas
Há 80 anos, caso de assédio moral inaugurou Justiça do Trabalho em Campinas