Presidente da CSB foi um dos palestrantes no segundo debate da série “Diálogos sociais no contexto do trabalho
Em palestra no interior de São Paulo, o presidente da CSB, Antonio Neto, alertou para um dos itens mais nocivos da reforma da Previdência, a capitalização
“Nossa Previdência não é repartição pura e simplesmente, ela é de repartição solidária, ela vem com um conceito de seguridade social na Constituição Federal de 88 e quem sustenta é a sociedade como um todo. A mudança é essa, sair de uma sociedade solidária para uma sociedade individualista, de capitalização privada, que o neoliberalismo quer trazer. É aí que está o grande nó da questão, e quem vai ganhar com isso é o sistema financeiro, os bancos. O rentismo está em tudo e falta pegar a Previdência. Eu queria alertar que a cereja do bolo desta reforma é a capitalização, eles querem entregar para os bancos um fundo, que daqui a alguns anos será na ordem de R$ 54 trilhões, e temos que lutar contra isso, pois daqui a 30 anos podemos não achar mais esse fundo”, disse Neto.
O alerta foi fe
Além de explicar outros pontos da reforma fazendo comparações entre o sistema atual e o que propõe a PEC 06/201, o presidente da CSB também citou o exemplo do Chile, os privilégios dos militares e apresentou alguns pontos nos quais o governo poderia economizar.
“O governo está dizendo que não tem dinheiro e por isso precisa arrumar R$ 1 trilhão e, para isso, ele precisa tirar de nós, dos pobres. Dívidas de bancos e empresas com o INSS subiram entre 2008 e 2018 172%. Além disso, tem R$ 1 trilhão em 20 anos através da MP feita no final de 2017, que deu isenção para as transnacionais do petróleo. O Brasil deixou de arrecadar quase R$ 400 bilhões com renúncias fiscais em 2017, 30% da receita líquida do governo naquele ano. Tem também o Refis, e o último que aconteceu foi uma vergonha, o relator fez um Refis onde a empresa dele teve um deságio de 90% para financiar em 96 meses”, explicou.
Antonio Neto também divulgou as ações das centrais e pediu participação de todos para assinarem o abaixo-assinado e levarem as informações e o documento para suas bases.
Além do presidente da CSB, estiveram palestrando Henrique Matthiesen, Alvaro Egea, secretário-geral da Central, e Vânius Oliveira.







