Pacheco garante que desoneração da folha de pagamentos de 17 setores será mantida

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) garantiu nesta sexta-feira (19) que a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia será mantida.

Ele contou que o governo se comprometeu a enviar uma nova medida provisória, retirando o trecho que propunha a reoneração gradual, mas mantendo as outras propostas, como a revisão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e um limite para as compensações de impostos por meio de créditos obtidos via judicial.

“A desoneração da folha, tendo sido uma lei aprovada pelo Congresso, e com um veto derrubado, ela valerá. Há um compromisso do governo federal de reeditar da MP, retirando a desoneração do texto”, afirmou durante o Brazil Economic Forum, em Zurique, na Suíça. “A saída foi através do diálogo e da construção política”, disse.

Relacionada: Centrais parabenizam Congresso por manter desoneração da folha

Pacheco afirmou que se a primeira MP enviada pelo governo tivesse apenas o dispositivo de retomar a desoneração — a proposta no texto era uma reoneração gradual da folha de pagamento para os 17 setores — ela teria sido devolvida. No entanto, como ela inclui outros mecanismos, ficou acordada a revogação da MP e o envio de um novo texto.

A desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia está em vigor desde o governo de Dilma Rousseff, em 2012, e foi prorrogada por três vezes, sendo a última no ano passado, estendendo a medida até 2027. A lei isenta as empresas dos setores beneficiados de pagar a contribuição do INSS, em troca de pagar uma contribuição menor aplicada sobre a receita bruta.

Os 17 setores em questão são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

O que dizia a Medida Provisória

A Medida Provisória enviada pelo governo ao Congresso no fim do ano passado propunha oferecer uma isenção fiscal somente sobre o primeiro salário mínimo recebido pelo trabalhador. Originalmente, as empresas são obrigadas a pagar 20% de INSS sobre os salários de seus empregados com registro em carteira. Este valor pode seria reduzido para percentuais menores, de 10% a 15%, para a parte dos salários que for inferior ao salário mínimo.

Na nova MP serão mantidos os limites de compensação tributária e revisão do Prese. No caso das compensações tributárias, a proposta cria uma limitação para aquelas superiores a R$ 10 milhões devidas às empresas. A intenção é que a execução desses pagamentos seja limitado a um percentual, sugerido em 30% do valor total por ano, em vez de ser pago todo de uma vez.

O Perse, programa criado para socorrer o setor de eventos durante a pandemia e que foi prorrogado, será descontinuado gradualmente pelos próximos dois anos. A justificativa é que o programa já teria cumprido seu objetivo, não havendo mais razão para a manutenção, diante de uma recuperação do setor de eventos mais rápida que o previsto.

*Informações da revista Veja

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Compartilhe:

Leia mais
CSB Mulher seminário justiça climática
CSB Mulher participa de seminário sobre papel das mulheres na luta por justiça climática
nota técnica 09 conalis mpt
Conalis atualiza Nota Técnica nº 09, sobre contribuição assistencial; acesse íntegra
live plano clima e caminhos para a cop 30
Governo convida dirigentes sindicais para live preparatória para a COP 30; inscreva-se
sindicato vigilantes santana do livramento
CSB-RS: Sindicato dos Vigilantes de Sant'Ana do Livramento tem nova diretoria eleita
fila carta de oposição contribuição sindicato
Contribuição assistencial e oposição no marco da Constituição de 1988
nova industria brasil nib missão 3
Nova Indústria Brasil anuncia R$ 1,6 trilhão para projetos de infraestrutura e sustentabilidade
ministro do trabalho luiz marinho seguro-desemprego
Ministro do Trabalho descarta mudança no seguro-desemprego: 'a não ser que me demitam'
Trabalhador paga mais imposto que milionários
Trabalhador com salário de R$ 6 mil paga mesmo Imposto de Renda que 0,01% mais ricos
G20 social rio de janeiro centrais sindicais
Movimento sindical fará debate na Cúpula do G20 Social no RJ; inscreva-se
ministro flavio dino stf pejotização
Opinião: 'Flávio Dino mira terceirização, pejotização e fraudes trabalhistas'