Nível de emprego cai na indústria e preocupa ainda mais setor metalúrgico

Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região tem buscado o diálogo com as empresas de autopeças

O emprego na indústria brasileira teve o pior início de ano da última década e meia, conforme dados divulgados esta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Situação que preocupa o setor automotivo, um dos mais afetados pela atual crise, em especial no que diz respeito à produção de autopeças.

Representante do setor, o Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região, que é associado à CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), tem buscado o diálogo com as empresas de autopeças instaladas na sua área de atuação, com a finalidade de evitar, no que for possível, demissões de trabalhadores.

“Estamos vivendo um ano difícil, economicamente falando, e como dirigente sindical, temo pelo que ainda está por vir. Com as montadoras do Brasil paralisando as suas atividades e demitindo funcionários, é certo que essa crise vai chegar à ponta onde atuamos, que são as empresas de autopeças, fornecedoras das montadoras existentes no país”, observa o presidente do sindicato, Igor Tiago Pereira, que também é um dos líderes da CSB no estado de São Paulo.

Na base de atuação do sindicato, desde outubro de 2014, já foram contabilizadas 7 mil demissões. De acordo com dados do IBGE, divulgados na última terça-feira (19), o emprego na indústria, de modo geral, caiu 4,6% nos três primeiros anos de 2015, emcomparação com 2014. É a pior marca registrada desde 2009, quando a baixa nos postos de trabalho foi de 6,4%.

Ainda de acordo com o IBGE, os principais setores que levaram ao resultado negativo nos empregos industriais, foram os de aparelhos eletrônicos, com queda de -12,1%, meios de transporte, com baixa de -10% e produtos de metal, com -10,2%.

“É uma situação preocupante, pois pode indicar ainda mais demissões. O que comprava que estamos enfrentando um ano difícil que tem indícios de que pode ficar ainda pior”, avalia o presidente do sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região.

MERCEDES

De acordo com ele, a recente decisão da Mercedes-Benz, de demitir 500 funcionários e dar férias coletivas a outros 7 mil torna a situação ainda mais complicada. “Isso que a Mercedes fez, outras montadoras já fizeram e vão continuar fazendo enquanto a economia brasileira não sofrer uma reviravolta.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região

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