Ministério do Trabalho cria grupo tripartite para debater os setores de informática e eletroeletrônicos

CSB e Feittinf integraram a primeira mesa de negociação, em Brasília, na última terça-feira

O Ministério do Trabalho reuniu em Brasília, na última terça-feira (28), integrantes dos setores de eletroeletrônicos e informática para o primeiro encontro do grupo tripartite formado por representantes dos trabalhadores, das empresas e da administração pública. O grupo foi criado para discutir temas de interesse dos setores e os desafios a serem enfrentados com foco principalmente na empregabilidade.

O presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e do Sindpd, Antonio Neto, e o vice-presidente da Feittinf (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação) e também do Sindpd, João Antonio Nunes, participaram dos debates.

A mesa de negociação foi liderada pelo secretário de Relações do Trabalho, Carlos Lacerda. “Essa é uma oportunidade de reunir os empresários e trabalhadores e organizar uma proposta viável. O País está se recuperando e precisamos ouvir esse setor tão importante na geração de empregos”, ressaltou Lacerda, de acordo com nota divulgada pelo Ministério do Trabalho.

Um dos temas levantados na reunião foi a necessidade de revisão da Lei da Informática, que prevê incentivos fiscais para computadores e equipamentos de telecomunicações produzidos no Brasil. O grupo também debateu sobre o acesso a linhas de crédito, bem como sobre a necessidade de investimentos na capacitação profissional.

Oportunidades na área de TI

As áreas de eletroeletrônicos e informática estão intimamente ligadas ao setor de tecnologia da informação, não apenas pela quantidade de softwares embarcados que praticamente todos os equipamentos levam, mas também pelo grande volume de softwares voltados para a prestação de serviços.

Diante da importância do setor de TI, o vice-presidente da Feittinf e do Sindpd destacou durante o encontro a necessidade de investimentos contínuos na capacitação profissional e também a busca de alternativas para incentivar o mercado. “Precisamos valorizar os trabalhadores da nossa área, que são altamente capazes e criativos, para poder manter e ampliar os empregos”, salientou Nunes.

O dirigente lembrou que, com a expansão do uso da nuvem para armazenamento de dados e processamentos, a área de prestação de serviços em TI tornou-se muito dinâmica, com uma facilidade maior de que haja migração de empresas e serviços entre os diferentes mercados globais. Por isso, diz ele, o Brasil precisa se manter competitivo não apenas para reter os serviços de TI dentro do território nacional, mas, também, brigar para captar novos negócios e, consequentemente, gerar mais empregos.

Especificidades de cada segmento

O grupo voltará a se reunir no dia 30 de maio, em São Paulo, para dar continuidade às discussões. Como dentro dos setores de eletroeletrônicos e informática existem segmentos com características bastante específicas, os debates deverão prosseguir em grupos de trabalho temáticos para que os assuntos possam ser abordados de maneira mais detalhada. Na área de TI, por exemplo, um dos grupos deverá tratar especificamente da questão da prestação de serviços.

Participaram da primeira reunião, em Brasília, além dos representantes das entidades sindicais e do governo, integrantes de órgãos patronais e de outras instituições, como a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos.

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