Administração pública não quer reajustar salários e pretende retirar direitos já conquistados pela categoria
Em protesto contra o pacote de maldades encaminhado pelo prefeito Nelson Marchezan (PSDB/RS) à Câmara de Vereadores na semana passada, mais de 5.500 trabalhadores mobilizaram-se, na última segunda-feira (31), em frente ao prédio da prefeitura de Porto Alegre. Na manifestação, professores, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, profissionais do transporte público, entre outros, reivindicaram a derrubada dos projetos do prefeito e expressaram sua insatisfação com o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, já aprovado em julho.

“[O problema] é que a administração pública não dialoga. O prefeito não debate com os sindicatos. Ele vai para a mídia e faz um discurso que, na minha opinião, acirra mais os ânimos da população ao chamar o municipário de moleque e baderneiro em vez de criar um clima ameno, de diálogo e aproximação. Na véspera do ano letivo, por exemplo, ele baixou uma série de regras que afetava o funcionamento das escolas. Já na área da assistência social, ele tem reduzido o número de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Especializados (CREAS)”, apontou Gerber.
Os funcionários públicos também reivindicaram a reposição inflacionária dos salários em 2017 e a volta da alíquota de contribuição à Previdência Social de 14% para 12% – a elevação não foi analisada pelo Previmpa, o Conselho de Previdência Social dos Municipários de Porto Alegre antes de ser aprovada, o que, para a dirigente, mostra que a prefeitura tem relegado os direitos dos trabalhadores.

O protesto dos municipários da capital do Rio Grande do Sul recebeu apoio de diversas lideranças políticas, entre elas: das centrais sindicais, de deputados estaduais e de vereadores.







