O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu o fortalecimento dos sindicatos como parte essencial da democracia durante a cerimônia de abertura do 3º Congresso Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CNTAR), nesta terça-feira (8) em Brasília.
“Não há democracia consistente se não há sindicatos organizados, sindicatos fortes e altamente representativos. Quantos mais organizadas forem as confederações, federações, centrais sindicais, melhor será para o povo brasileiro. Não só para a classe trabalhadora, mas para o processo democrático”, afirmou.
O Congresso foi organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (Contar) e neste ano teve o tema “Na Luta por Direitos Humanos: pelo fim das desigualdades e por garantia de trabalho e vida digna”.
O objetivo do evento é reunir as federações e sindicatos de trabalhadores rurais assalariados de todo o Brasil para compartilhar experiências e discutir as condições de vida e trabalho da categoria.
Representando o governo, Marinho garantiu que a administração federal está à disposição para ouvir as demandas e atuar em prol de conquistar mais direitos e dignidade aos trabalhadores.
“Contem com o diálogo em cada esfera de governo. Nós estaremos a favor das jornadas que vocês organizarem passando por aqui e nos estados federados por meio das Superintendências do Trabalho e de todos os órgãos do governo. Temos que fortalecer as relações capital e trabalho, sabendo o nosso lado. Nós sabemos qual é o nosso lado, portanto contem conosco”, afirmou.
Ainda de acordo com o ministro, uma das grandes ferramentas para garantir melhorias para o povo brasileiro é a valorização do salário mínimo.
Ele lembrou que o projeto de lei que cria a Política Permanente de Valorização do Salário Mínimo (PL 2385/2023), elaborado pelo Poder Executivo em colaboração com as centrais sindicais, já está no Congresso para votação e demonstrou confiança na sua aprovação.
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O presidente da Contar, Gabriel Bezerra, também ressaltou a necessidade de os sindicatos se unirem e fortalecerem para se conquistar o trabalho digno no campo.
“Precisamos construir ferramentas comuns para lutar contra a informalidade, o agrotóxico, o trabalho escravo e pela melhoria de salário e das nossas condições de vida”.
Sobre o CNTAR
O 3º CNTAR foi organizado em colaboração com a OXFAM Brasil e Alemanha, Repórter Brasil, DIEESE, Centrais Sindicais, CONTAG e Campo Unitário, além de uma delegação internacional, composta por Áustria, Alemanha, África do Sul, Equador, Uruguai, França, Eslovênia, Estados Unidos, dentre outros.
O evento acontece de 8 a 10 de agosto e pretende dialogar sobre demandas inerentes aos trabalhadores/as assalariados/as rurais, como: combate ao trabalho análogo à escravidão, ao trabalho infantil e à informalidade, saúde e segurança no trabalha rural, impactos dos agrotóxicos, gênero, geração, raça, direitos humanos, devida diligência, negociação coletiva, dentre outras.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil