Impulsionada por alta dos juros, dívida pública fecha 2024 em R$ 7,3 trilhões, mas fica dentro da meta

A dívida pública federal subiu 12,2% em 2024, chegando a R$ 7,316 trilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Tesouro Nacional. O montante ficou dentro da meta estipulada pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que previa uma dívida entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

O crescimento da dívida foi impulsionado principalmente pela apropriação de juros, que somou R$ 762,4 bilhões, enquanto a emissão líquida de títulos contribuiu com outros R$ 33,3 bilhões. O prazo médio da dívida fechou o ano em quatro anos, e o percentual a vencer em 12 meses ficou em 17,9%, dentro das estimativas do PAF.

De acordo com Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, o resultado de 2024 demonstra que o governo conseguiu manter os principais indicadores dentro das metas estabelecidas, apesar dos desafios econômicos.

“Não foi um ano trivial. [O Tesouro] conseguiu navegar ao longo do ano entregando todos os indicadores dentro do PAF e mantendo bom nível do colchão de liquidez”, avaliou.

Com a Selic em alta e promessa de novos aumentos por parte do Banco Central, a expectativa é que a dívida pública federal continue em trajetória de alta, podendo atingir entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. No cenário mais otimista, o crescimento seria de R$ 784 bilhões, uma variação semelhante à observada entre 2023 e 2024.

Cada ponto percentual a mais na taxa Selic representa um acréscimo de ao menos R$ 50 bilhões à dívida pública.

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A parcela da dívida com vencimento em até 12 meses deve ficar entre 16% e 20% em 2025, enquanto a meta para o prazo médio deve se manter entre 3,8 e 4,2 anos, patamar semelhante ao registrado no último ano.

Apesar do aumento da dívida, afirmou que foi possível perceber “uma volta à normalidade e os leilões [de títulos] têm mostrado isso de forma muito clara”.

Com informações de Folha de S.Paulo

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