A seccional da CSB na Bahia realizou nesta quarta-feira (22) uma plenária sindical com a presença do presidente nacional da CSB, Antonio Neto, ao lado do presidente da CSB-BA, Sandro Jadir, e do coordenador da CSB-BA, Marcos Rogério.
A intenção das plenárias regionais é manter os sindicalistas em todo o Brasil informados sobre as tratativas das quais a CSB tem participado junto ao governo federal, especialmente em relação ao projeto de fortalecimento da negociação coletiva, reforma sindical e reconstrução das finanças dos sindicatos.
“Não temos uma boa correlação de formas neste Congresso. Nada do que quisermos fazer neste Congresso, se não fizermos uma grande orquestração, uma grande organização, a gente perde. Então não podemos dar moleza, precisamos nos organizar, ganhar a população”, disse Neto sobre o cenário ainda desfavorável à classe trabalhadora no parlamento.
Fizeram parte também da mesa coordenadora do encontro o presidente da Fenadestran (Federação Nacional das Associações de Detran), Mário Conceição, e o presidente do Sindimetro (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Metropolitanos), Mário Cleber.
Além dos rodoviários e trabalhadores do Detran, a CSB-BA reuniu representantes dos movimentadores de mercadorias, mecânicos, contabilistas, caminhoneiros, gráficos, músicos, dentre outros.
Sidney Zapatta, presidente do Sindicato dos Músicos da Bahia, aproveitou a oportunidade para lembrar que em 22 de novembro se comemora o Dia do Músico e como é importante que a luta sindical seja fortalecida para proteger também esses profissionais que trabalham majoritariamente na informalidade.
Antonio Neto apresentou aos sindicalistas todo o processo do qual participou no Grupo de Trabalho da Negociação Coletiva, em que o governo federal intermediou o diálogo entre centrais sindicais e entidades patronais sobre um projeto que garanta o sustento financeiro dos sindicatos dos dois lados e reequilibre a balança entre as partes após o desmonte causado pela reforma trabalhista de 2017.
Embora o GT já tenha sido encerrado, ainda não se finalizou o projeto a ser apresentado ao Congresso Nacional, uma vez que as partes não chegaram a um acordo sobre o modelo de oposição à contribuição assistencial. Os sindicatos dos trabalhadores defendem que a oposição seja feita em assembleia, enquanto o patronato pressiona por um modelo individual.
O argumento das centrais é que a contribuição assistencial só é cobrada caso seja fechado um acordo coletivo ou negociação coletiva, que é válido e usufruído por todos os trabalhadores da categoria que representa, sindicalizados ou não. Por isso, não é justo que apenas a pequena parcela que financia as atividades do sindicato sustente as conquistas que beneficiarão a todos.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, já declarou ser favorável ao modelo proposto pelas centrais, porém o governo ainda busca conseguir um acordo entre as partes.
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