Fonoaudiólogos fazem manifestação pela redução da jornada de trabalho

Categoria tenta derrubar o veto presidencial ao projeto que diminui a carga horária dos trabalhadores

No dia 5 de maio, foi realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, uma manifestação em defesa dos direitos dos fonoaudiólogos. Organizado pelos sindicatos da categoria de São Paulo e do Paraná, o evento contou com mais de cem pessoas, entre profissionais também de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro, que protestaram contra o veto feito pela presidente Dilma Rousseff ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 119/10, que pede a redução da jornada de trabalho dos profissionais para 30 horas.

A manifestação contou com o apoio da CSB, que auxiliará os sindicatos na organização e criação junto ao Congresso Nacional de uma comissão mista que terá como objetivo levar o projeto para o plenário da Casa novamente e derrubar o veto presidencial.

“Estivemos na manifestação e consideramos justa a reavaliação do projeto que reduz a jornada da categoria. Isso fortalece a qualidade do trabalho e dos profissionais”, defendeu Itamar Kunert, diretor da Central.

O projeto não foi sancionado pela presidência sob o argumento de que contraria os interesses públicos, trazendo um impacto muito grande para o Sistema Único de Saúde (SUS) e o setor privado.

Para a presidente do Sindicato dos Fonoaudiólogos do Paraná, Maria Patricia do Nascimento, o veto ao projeto prejudica a luta de mais de dez anos. “Conseguimos a aprovação da lei por unanimidade pelos deputados e senadores. A justificativa do veto não nos convence porque há outras profissões que têm essa carga horária, como os fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e os assistentes sociais. E eles são em número muito maior que os fonoaudiólogos”, argumenta a dirigente. O Brasil tem 36 mil profissionais de fonoaudiologia, contra 195 mil fisioterapeutas e 65 mil assistentes sociais.

Outra reivindicação dos profissionais de fonoaudiologia é a regulamentação do piso salarial da categoria para dez salários mínimos. A presidente do sindicato afirma que salário digno e uma jornada de trabalho justa são a base para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.

“Precisamos de uma jornada de trabalho adequada para que possamos nos especializar. Com a jornada excessiva, não sobra tempo para prepararmos terapias mais complexas, e isso afeta o atendimento e a qualidade de vida do profissional”, reiterou Maria Patricia do Nascimento.

Compartilhe:

Leia mais
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e o meio ambiente; íntegra
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas em audiência na Câmara
csb menor (2)
Centrais apresentam pauta prioritária e agenda legislativa em reunião no Congresso
painel 5 encontro executiva nacional csb 2025
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 5 – Agenda parlamentar sindical; assista
painel negociação coletiva
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 4 – Práticas antissindicais; assista
csb menor (39)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 3 – Negociação Coletiva; assista
csb menor (38)
Centrais sindicais protestam contra juros altos em dia de mais uma reunião do Copom