Mobilização interditou BR-116 e Fernão Dias, levando às ruas representantes de mais de 30 sindicatos
Como preparação para a Greve Geral do dia 28 de abril, a Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP/MG) promoveu, nesta quarta-feira (12), o Dia do “Fechô Geral”. O objetivo da mobilização foi fechar as principais estradas, avenidas e ruas do estado em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista.
Durante os atos que ocorreram nas regiões de Governador Valadares, Carmo do Cachoeira, Juiz de Fora e Leopoldina, foram interrompidos os tráfegos nas rodovias Rio-Bahia/ BR-116 e Fernão Dias por uma hora. Também participaram das ações entidades sindicais representantes dos servidores públicos de mais 13 cidades: Águas Formosas, Bertópolis, Ipanema, Manhuaçu, Teófilo Otoni, Cruzília, Ijaci, Lavras, Nepomuceno, Oliveira, São Lourenço, Três Corações e Varginha.
“Como temos uma greve geral no dia 28, a FESERP/MG tirou abril como um mês de lutas. Na nossa visão, não adianta só preparar a greve e pedir para os trabalhadores pararem nas vésperas, é necessário trabalhar a conscientização da sociedade sobre a importância de parar no dia 28 de abril. Por isso, no dia 12, tivemos várias atividades e durante a interdição das rodovias, os sindicalistas panfletaram, informando os motoristas a respeito das atuais lutas trabalhistas. E a receptividade das pessoas foi muito grande. Nosso objetivo foi alcançado”, conta o secretário de Formação Sindical da CSB e presidente da Federação, Cosme Nogueira.
De acordo com o dirigente, “é fundamental protestarmos porque este é o governo do retrocesso, que só vem fazendo ataques às conquistas históricas do povo brasileiro”. “A reforma trabalhista rasga a CLT, a lei da terceirização escraviza os trabalhadores e precariza o serviço público e a reforma da Previdência é um ataque à dignidade. Precisamos dizer à população que eles querem acabar com a Seguridade Social ao impor um conceito financista da Previdência. E é diferente uma Previdência financista, que atende aos interesses do mercado capitalista, e a Seguridade Social, que é um conceito cívico, que ampara os trabalhadores de baixa renda, do campo e da cidade, os que realmente fazem a riqueza desse país”, destaca Nogueira.
Sob os lemas “contra a reforma da Previdência”, “contra o desmonte da Seguridade Social”, “contra a retirada de direitos”, “em repúdio à Terceirização” e “só a coragem vira esse jogo”, antes do protesto, os manifestantes ainda entraram em lojas e em repartições públicas municipais para distribuir informativos contra a PEC 287, o PL 6787 e a Lei 13.429, convidando a população a ir às ruas no Dia Nacional de Paralisação.