Federação dos servidores de Goiás faz corpo a corpo com sindicatos para auxiliar na articulação política junto às entidades

Com 136 entidades filiadas, FESSPUMG acompanha situações preocupantes em munícipios que querem mexer em conquistas após a reforma trabalhista

A Federação das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Goiás (FESSPUMG) tem feito reuniões com os sindicatos de servidores do estado para ajudar a abrir um canal de comunicação com os poderes executivos locais para colaborar com a negociação entre as duas partes.

A Federação conta com 136 entidades filiadas e tem percebido uma situação “aterrorizante” em alguns casos, como relata Sandro Valverde, presidente da entidade e vice-presidente da CSB Goiás. Segundo o dirigente, com a reforma trabalhista (Lei nº 13.467), em vigor desde novembro de 2017, alguns municípios têm contratado empresas para readequar os cargos e salários e modificar os estatutos dos servidores. A desculpa usada por esses municípios é a necessidade de compatibilizar o orçamento.

Mas Valverde rebate esse argumento com veemência. “A situação está no foco de retirar direitos, amparado na reforma. Tem prefeitura que está usando benefícios para complementar o salário e chegar no mínimo. Tem situações aterrorizantes, mas em um primeiro momento, queremos abrir o diálogo para tentar reverter essas tentativas de tirar direitos conquistados e até a estabilidade. Felizmente, em alguns municípios temos conseguido”, afirma.

Caso o diálogo não ocorra, a segunda saída apontada por Valverde é recorrer às audiências públicas nas cidades e conscientizar sobre a importância dos servidores públicos para a sociedade. Só em último recurso, a justiça é apontada como possível solução para resolver os impasses. “Quando se abre um concurso, o município já tem um orçamento previsto para o ano; isso é aprovado antes, como de repente se mexe nisso? Além disso, o dinheiro do servidor é totalmente revertido para a sociedade, em serviço e em impostos, já que o servidor é um consumidor também”, diz Valverde.

Segundo o dirigente, a ideia de vender um país em crise para reduzir secretarias e reduzir direitos e conquistas dos servidores tem um caminho: o objetivo de privatizar a saúde e a Previdência. “O que vemos, na verdade, é um problema de gestão. Se tem um orçamento aprovado antes, é uma questão de gerir o dinheiro público”, completa.

Sandro Valverde afirma que a FESSPUMG continuará com o trabalho de articulação junto aos sindicatos para mobilizar, conscientizar e agir onde for necessário.

Compartilhe:

Leia mais
Sintrammar diretoria eleita 2025
Chapa 2 vence eleições do Sintrammar de Santos e Região, com Erivan Pereira reeleito presidente
reunião mesa permanente servidores federais 20-02-25
Em reunião, servidores federais cobram governo sobre pauta de reivindicações travada
saúde mental no trabalho nr-1
Empresas serão responsáveis por saúde mental dos funcionários a partir de maio
img-pagamentos-inss-mudanca-carnaval
Calendário de pagamentos do INSS terá mudanças devido ao Carnaval 2025; confira datas
mpt campinas investiga empresas por pratica antissindical
MPT investiga 32 empresas de SP por coagirem empregados a se opor à contribuição assistencial
servidores excluidos reestruração carreiras rs mesa fessergs
Fessergs e governo do RS formam mesa sobre servidores excluídos de reestruturação
trabalhador indenização cancer
Trabalhador será indenizado em R$ 500 mil por demissão após comunicar câncer
saque fgts nascimento filhos
Projeto que libera saque do FGTS por nascimento de filhos avança na Câmara
CNJ regras inteligencia artificial judiciário
Conselho aprova regras para uso de inteligência artificial no Judiciário
Trabalho imigrantes Texas Tesla e SpaceX
Empresas de Elon Musk usam imigrantes irregulares em obras no Texas, diz reportagem