Esther Dweck defende estabilidade do servidor público: “Proteção do Estado”

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, defendeu nesta quarta-feira (18) a estabilidade do servidor público e disse que a garantia é uma proteção principalmente do Estado brasileiro.

“A lógica da estabilidade foi pensada para evitar qualquer tipo de perseguição a pessoas, por exemplo, que denunciam maus feitos, que denunciam corrupção.” 

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Esther lembrou que a estabilidade de servidores públicos é importante, inclusive, para que as políticas públicas tenham continuidade – independentemente do governo de situação. “Isso é uma grande proteção ao Estado brasileiro e a gente defende que seja mantida a estabilidade.”

Exemplos

“Na pandemia, a gente viu o exemplo de um servidor que denunciou uma coisa que estava sendo feita no Ministério da Saúde, a gente viu outros casos, o caso das joias também. Servidores denunciando. E eles conseguem fazer isso justamente porque têm a certeza de que não serão punidos por uma perseguição política contra eles.”

Corpo técnico

“É muito importante ter um corpo técnico forte, um grupo de pessoas que trabalhe, que conheça o assunto e que seja capaz de, independentemente de quem está no governo, continuar a tocar as políticas, o dia a dia. Muita coisa do governo independe de quem está no governo e precisa ser feita por questões técnicas.”

Proteção do Estado

“Na nossa visão, a estabilidade é uma proteção do Estado e essa foi a lógica da Constituição desde o início. É importante lembrar que a Constituição veio num processo de redemocratização da sociedade brasileira pós período militar, onde você tinha perseguição sim a pessoas. A ideia da estabilidade era uma proteção ao Estado.”

Reforma administrativa

No mês passado, o tema da reforma administrativa ganhou destaque na imprensa, com Esther e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que eram favoráveis à reforma, mas não a defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e totalmente rechaçada pelos servidores públicos, que veem risco à estabilidade.

Os representante da categoria afirmam que a reforma enviada por Bolsonaro ao Congresso fere direitos adquiridos e favorece indicações políticas ao permitir a nomeação de qualquer pessoa em posições que hoje devem ser ocupadas por técnicos de carreira.

Além disso, o governo federal assumiu o compromisso com a categoria de atuar para que a tramitação da PEC 32/2020 não avance no Congresso.

“O nome reforma administrativa traz um cunho muito liberal. É claro que a PEC 32 tem esse peso. Toda vez que se falou amplamente sobre reforma administrativa, tinha esse viés de redução do Estado – o que não é, obviamente, o viés do governo Lula. Mas isso não significa que a gente não enxergue que existem vários problemas na administração pública federal que precisam ser enfrentados. Ter um ministério focado nisso é para que essas pautas não sejam relegadas a um segundo plano”, explicou a ministra em entrevista ao Estadão em 19 de setembro.

Leia também: Lira diz que PEC 32/2020 não afeta atuais servidores, e categoria desmente; entenda

Informações: Agência Brasil e Estadão

 Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Compartilhe:

Leia mais
calor trabalho denuncias mpt
Denúncias ao MPT envolvendo calor extremo batem recorde nos primeiros meses de 2025
novo consignado clt para trabalhadores negativados
Trabalhador negativado pode solicitar novo consignado para CLTs; saiba como funciona
Declaração Imposto de Renda 2025 (2)
Declaração pré-preenchida completa do Imposto de Renda 2025 já está disponível; acesse
Seminário Femergs1
CSB participa do VIX Seminário de Formação do Servidor Público Municipal da Femergs
plano de saúde criança autista
Mãe aciona Justiça após seguradora reajustar em 379% plano de saúde do filho autista
isenção IR certificação TI
Sindpd-SP e Fenati: Isenção de Imposto de Renda na certificação em TI já!
fachada banco do brasil sede
Banco do Brasil lidera novo consignado para CLTs com R$ 600 milhões liberados
brasil cria 432 mil empregos fevereiro 2025
Brasil gera 432 mil empregos formais em fevereiro, melhor resultado histórico para o mês
geração de empregos recorde em fevereiro
Geração de empregos no Brasil deve bater recorde histórico em fevereiro
reajuste servidores públicos
MGI: Reajuste dos servidores federais será pago em maio, incluindo valores retroativos