Empresas de Elon Musk usam imigrantes irregulares em obras no Texas, diz reportagem

Uma investigação feita pela Bloomberg Businessweek expôs que a Tesla e SpaceX, empresas de Elon Musk, contrataram trabalhadores imigrantes em situação irregular para projetos de construção no Texas.

Esses funcionários, empregados por empresas terceirizadas, enfrentaram condições precárias de trabalho, incluindo jornadas exaustivas, falta de equipamento de proteção e até mesmo acesso limitado a água.

Cristy, uma imigrante hondurenha de 55 anos, relatou ter trabalhado em turnos de 12 horas limpando instalações da Tesla, sem receber equipamentos de proteção adequados, como luvas ou máscaras. A mulher sofreu uma insolação durante um dia de trabalho e foi demitida após reclamar das condições.

Ela é uma das dez pessoas entrevistadas pela Bloomberg que afirmaram ter trabalhado nas empresas do bilionário na região de Austin, capital do Texas. Os ouvidos pela reportagem afirmaram que muitas vezes sofriam até mesmo ameaças de deportação.

A “gigafábrica” da Tesla em Austin, que produz os veículos Cybertruck, foi erguida com a contribuição significativa de trabalhadores irregulares. Esses funcionários, que sustentam setores como construção e agricultura nos EUA, enfrentam riscos constantes, incluindo a falta de proteção trabalhistas e a possibilidade de serem explorados por empregadores que se beneficiam de sua vulnerabilidade.

Apesar de Musk ter adotado uma retórica anti-imigração publicamente, suas empresas dependem dessa mão de obra para manter a expansão acelerada de seus projetos. A Bloomberg também destacou que muitos desses trabalhadores contribuem para a Previdência Social, mesmo sem expectativa de receber benefícios.

A Tesla e a SpaceX não responderam aos pedidos de comentário da reportagem. Defensores dos direitos dos trabalhadores, como o Workers Defense Project, continuam a pressionar por melhorias nas condições de trabalho e por responsabilização das empresas envolvidas. A organização já registrou queixas na Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) e no Departamento de Trabalho dos EUA, denunciando condições inseguras.

Com informações de O Globo
Foto: Reprodução


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