Em sua participação no Seminário “Um Ano de Reforma Trabalhista e os Rumos do Sindicalismo”, o presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Antônio Neto, pregou resistência e pediu que os representantes dos trabalhadores não se deixem abater, apesar dos tempos difíceis.
“Nós, principalmente a classe trabalhadora, enfrentamos e derrotamos a Ditadura Militar. Não será uma Reforma (Trabalhista) e um governo federal que se anuncia danoso que vão nos derrubar”, afirmou, citando uma resistência natural a esse estado de coisas: “Acreditamos e defendemos nossas propostas até 28 de outubro (data do segundo turno da eleição presidencial). No dia seguinte, começamos a deixar claro quais as propostas e a política que não queremos”.
No evento, realizado nesta terça-feira (11 de dezembro) e promovido pela FESERP-MG, CSB e o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (SINTRASP), Antônio Neto discorreu sobre as perspectivas do movimento sindical e descartou qualquer tipo de desânimo.
“O fim do imposto sindical mudou a realidade para pior, mas temos que sobreviver e focar em temas igualmente importantes”, disse, citando, entre outras, a questão da unicidade sindical e, no caso dos servidores, o direito à convenção coletiva.
Anfitrião do encontro, o presidente do SINTRASP, Ronaldo Fernandes Branco, acredita que o “alvo” principal em 2019 será o servidor público. “Tudo leva a crer que no ano que vem os gestores continuarão a tratar o funcionalismo como os ‘culpados’ da crise”, previu o sindicalista, que defendeu mobilização e união para enfrentar a “carga pesada” que vem por aí.
O Seminário em Uberlândia foi assistido por representantes dos sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Campina Verde, Canápolis, Juiz de Fora (SINSERPU e SINAGUA), Matias Barbosa, Santa Vitória, São Sebastião do Paraíso, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia – todos filiados à FESERP-MG -, Araxá, Ituiutaba e Prata. Também compareceram membros dos sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de Minas Ferais, dos Trabalhadores da Construção Pesada do Estado de Goiás e da Federação das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos de Goiás, além de Antonieta “Tieta” de Cássia Dorleto de Faria (do Sindicato dos Servidores do IPSEMG) e Claudionor Soares (da Associação dos Delegados de Polícia – ADEPOL – do Amapá).
Fonte: Feserp-MG