Ato que acontece na próxima segunda-feira (23) tem o objetivo de alertar a população para o caos no estado de Minas Gerais
Líderes sindicais de diversas categorias de servidores públicos de Minas Gerais se reuniram na última sexta-feira (13), na sede do Sindpol/MG, em Belo Horizonte (MG), e traçaram todas as estratégias para as mobilizações contra o descaso do governo mineiro no pagamento de salários.
Durante encontro, os dirigentes deliberaram pela realização de um grande ato na próxima segunda-feira (23), às 13hs, na Praça Sete, região central da capital mineira, popularmente escolhido para realizações de grandes mobilizações.
Sabendo da importância da união dos trabalhadores na pressão ao governo, as entidades convidarão todos os servidores para participarem de camiseta preta, simbolizando o luto do estado.
O ato, que é de protesto também pelos parcelamentos de salários, não repasse do estado ao Instituto de Previdência do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) e Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM), falta de reposição das perdas salariais e o pelo pagamento no quinto dia útil para todos os servidores, incluindo aposentados e pensionistas, também tem o objetivo de mostrar à população a verdadeira situação do estado e alertar para uma possível paralisação dos serviços públicos em Minas Gerais.
Para a diretora de Relações Sindicais do Sindicato dos Servidores do IPSEMG, Antonieta de Cassia de Faria, a Tieta, contar com o apoio da população é fundamental.
“A população é usuária do serviço público, serviço que nós prestamos. Se este serviço está precarizado, a população será a primeira a ser prejudicada. Serviço e servidores públicos sem condições, sem pagamento e sem investimento, o primeiro a ser atingido é a população”, falou Tieta, destacando a falta de artigos básicos de atendimento no Hospital Geral do IPSEMG (HGIP).
“O governo está desrespeitando os trabalhadores de uma forma absurda. Sem os repasses, nosso hospital está sem luvas, copo descartável e sem papel para poder fazer o atendimento dos internos. Não tem nada, chegamos em um caos absoluto na saúde pública de Minas Gerais, e o governo não está nem ai”, completou a dirigente, que também é secretária da Mulher Trabalhadora na Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
Ainda segundo a dirigente, caso o governo não atenda às reivindicações dos servidores, uma greve geral no estado deve ser deflagrada por diversas categorias que estão aderindo ao movimento. A data da paralisação deve ser o dia 25 de julho.
Situação
De acordo com matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira (16), o estado de Minas Gerais vive um caos financeiro. No texto, o veículo aponta que o estado é o terceiro em pior solidez fiscal do País.
Além da falta de material e fechamento de leitos nos hospitais mineiros, o atraso no pagamento dos professores tem gerado greves sucessivas. No interior do estado, existem cidades sem aulas desde março.