Em nota, CSB comunica que não irá a encontro com Temer

Para a central, o encontro é inócuo porque o governo não cumpre o acordado

Em nota oficial divulgada na manhã desta quinta-feira (20), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) comunicou que não participará do encontro das centrais sindicais com o presidente da República, Michel Temer. Além da CSB, CUT e Nova Central Sindical também não participarão da reunião.

De acordo com a CSB, “O governo federal patrocinou o maior desmantelamento da estrutura de proteção aos direitos trabalhistas da história. A negociação coletiva foi desestruturada e enfraquecida com a liberação de “acordos” individuais, fato que jogará o País num processo de instabilidade jurídica e de criação de passivos trabalhistas gigantescos”.

“A Medida Provisória em debate com o governo federal visa, exclusivamente, sanar as lacunas restantes para ampliar a exploração e a implementação imediata da supressão dos direitos trabalhistas, atendendo apenas ao patronato que não ficou satisfeito com a redução dos direitos implantada pela Lei 13.467”, afirma Antonio Neto, presidente da CSB.

“Não há uma única vírgula em benefício dos trabalhadores e do movimento sindical, pelo contrário, aprofunda ainda mais as barreiras para a manutenção econômica das entidades, enfraquece a negociação coletiva, além de praticamente extinguir as categorias diferenciadas e autônomas”.  Neto ressaltou ainda os recentes processos fracassados de negociação com o atual governo. “Por outro lado, cabe salientar que nenhuma das negociações ou compromissos firmados com o governo foram cumpridos, algo que se tornou corriqueiro com relação ao Executivo, tornando, portanto, inócuo qualquer diálogo com os atores envolvidos.”

Para a CSB, com a retomada dos esforços para implementar a reforma previdenciária, que cortará ainda mais direitos dos trabalhadores, não há outro caminho para o movimento sindical senão a resistência e a mobilização popular, inclusive intensificando a pressão nos parlamentares, para barrar essas medidas que causarão mais desemprego, menos direitos e a ampliação generalizada da miséria.

Leia a íntegra da nota

Nota oficial da CSB sobre o encontro com o presidente da República

O governo federal patrocinou o maior desmantelamento da estrutura de proteção aos direitos trabalhistas da história. A negociação coletiva foi desestruturada e enfraquecida com a liberação de “acordos” individuais, fato que jogará o País num processo de instabilidade jurídica e de criação de passivos trabalhistas gigantescos.

A Medida Provisória em debate com o governo federal visa, exclusivamente, sanar as lacunas restantes para ampliar a exploração e a implementação imediata da supressão dos direitos trabalhistas, atendendo apenas ao patronato que não ficou satisfeito com a redução dos direitos implantada pela Lei 13.467.

Não há uma única vírgula em benefício dos trabalhadores e do movimento sindical, pelo contrário, aprofunda ainda mais as barreiras para a manutenção econômica das entidades, enfraquece a negociação coletiva, além de praticamente extinguir as categorias diferenciadas e autônomas.

Por outro lado, cabe salientar que nenhuma das negociações ou compromissos firmados com o governo foram cumpridos, algo que se tornou corriqueiro com relação ao Executivo, tornando, portanto, inócuo qualquer diálogo com os atores envolvidos.

Com a retomada dos esforços para implementar a reforma previdenciária, que cortará ainda mais direitos dos trabalhadores, não há outro caminho para o movimento sindical senão a resistência e a mobilização popular, inclusive intensificando a pressão nos parlamentares para barrar essas medidas que causarão mais desemprego, menos direitos e a ampliação generalizada da miséria.

Central dos Sindicatos Brasileiros

Compartilhe:

Leia mais
Ministro Carlos Lupi e José Avelino Pereira Sinab CSB
Presidente do Sinab assume posto no Conselho Nacional de Previdência Social
destruição enchente rs auxilio financeiro
Mais de 5,6 mil trabalhadores domésticos no RS podem pedir auxílio financeiro; saiba como
img-inscricao-concurso-publico-vagas-para-ti
Encerram hoje (4/7) inscrições para concurso do Ministério da Gestão; salário de R$ 8,3 mil
reunião tst centrais sindicais
Centrais têm reunião com presidente do TST sobre contribuição assistencial e emprego no RS
APOIO À NOTA TÉCNICA Nº 09 DA CONALIS
Centrais sindicais dão apoio à Nota Técnica da Conalis (MPT) sobre contribuição assistencial
acordo rodoviários porto alegre trt
Rodoviários de Porto Alegre terão reajuste no salário e no vale-alimentação
Apoio Financeiro RS prorrogado
Governo amplia prazo para empresas do RS aderirem a Apoio Financeiro a funcionários
prodesp descumpre cota jovem aprendiz
Tarcísio promete 60 mil vagas de Jovem Aprendiz, mas Prodesp descumpre cota
Fachada ministério do trabalho
Ministério do Trabalho notifica 1,3 mil sindicatos para atualizar informações; acesse a lista
falecimentot josé alberto rossi cnpl
Nota de pesar: CSB lamenta falecimento de José Alberto Rossi, ex-presidente da CNPL