Em audiência pública, CSB defende a modernização das leis trabalhistas sem prejuízos aos trabalhadores

Para a entidade, a legislação precisa acompanhar a evolução do País e da economia; evento aconteceu na Câmara dos Deputados

Juntamente com outras cinco centrais sindicais, a CSB participou na tarde da última terça-feira (7), na Câmara dos Deputados, em Brasília, de audiência pública sobre o Projeto de Lei 6787/2016, que trata da modernização da legislação trabalhista. A Central dos Sindicatos Brasileiros foi representada pelo o secretário-geral Alvaro Egea, que começou sua participação garantindo que flexibilização e retirada de direitos dos trabalhadores jamais produzirá geração de empregos. Para ele, geração de empregos está ligada diretamente com a política de crescimento econômico e fortalecimento da indústria.

Segundo Egea, a Central é a favor da modernização das leis trabalhistas, pois é necessário que ela atenda às novas situações, desde que isso não traga prejuízos aos direitos dos trabalhadores.

“Temos como exemplo a situação dos terceirizados; são 13 milhões de trabalhadores desprotegidos, garantidos juridicamente por uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST). É preciso que a legislação do trabalho também acompanhe a evolução do País, da economia e da tecnologia. Não temos nenhum ponto de vista dogmático contra a modernização das relações do trabalho. Temos muitas ansiedades em relação a mudanças da legislação, mas não queremos que essas mudanças sejam prejuízos para os trabalhadores e para essa conquista histórica que é a CLT e a Constituição Federal de 1988”, disse Egea.

O dirigente também destacou alguns pontos importantes do PL e garantiu que se for submetido a melhorias das centrais e da sociedade, o projeto não sofrerá corrupção nas relações coletivas de trabalho.

“Um desses pontos fracos da nossa estrutura sindical é ausência de representantes sindical no local do trabalho, por isso achamos importante restabelecer a redação original de medida provisória que cita a partir de 50 empregados e um processo coordenado pelos sindicatos. A entidade deve ser o condutor desse representante sindical. Também devemos restabelecer os honorários de sucumbência que havia no projeto inicial. Queria destacar também a questão do aumento da multa, que é significativo, mas a Medida provisória 765 trouxe a possibilidade de que esta verba arrecadada com as multas fosse destinada à remuneração dos auditores fiscais do trabalho, e nós achamos isso inaceitável”, finalizou Egea.

O secretário-geral afirmou ser importante um fortalecimento das negociações coletivas e da estrutura sindical de negociação.

“Nós achamos importante que a negociação coletiva seja fortalecida e para isso é preciso que os trabalhadores tenham acesso à informação e sobretudo que eles tenham independência financeira. Por isso, é importante que neste projeto seja inserida a contribuição de custeio sindical. A experiência pós 88 retrocedeu as relações de trabalho, empresas passaram a utilizar do interdito proibitório para afastar os sindicalistas dos locais de trabalho, o direito de greve começou a sofrer todo tipo de censura do judiciário, de tal forma que o direito de greve passou a ser criminalizado. Gradativamente, o Ministério Público do Trabalho foi adquirindo poderes que a Constituição não os deu e que vão sufocando a estrutura sindical e a negociação coletiva, fato que ajuda a criminalizar o movimento sindical”, falou o dirigente.

Confira os vídeos:

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Compartilhe:

Leia mais
regulamentação ia inteligência artificial
Regulamentação da IA é tema em destaque para centrais sindicais no Congresso
papa leão XIII e papa leão XIV
Com o nome Leão XIV, novo Papa homenageia Leão XIII, defensor dos trabalhadores e abolicionista
mapa mundi brasil no centro
IBGE lança mapa-múndi com Brasil no centro e hemisfério sul na parte de cima
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e meio ambiente
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas na Câmara
csb menor (2)
Centrais apresentam pauta prioritária e agenda legislativa em reunião no Congresso
painel 5 encontro executiva nacional csb 2025
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 5 – Agenda parlamentar sindical; assista