Dirigentes foram eleitos durante Congresso em Florianópolis, onde também foi aprovada moção coletiva contra retrocessos no País
Foi eleita a primeira Diretoria Estadual da CSB na Seccional de Santa Catarina. A eleição ocorreu no Congresso Estadual realizado, na manhã desta sexta-feira (7), na cidade de Florianópolis. Reunindo as principais lideranças sindicais de toda a região, durante o evento, uma moção coletiva contra as ameaças aos direitos trabalhistas e previdenciários, propostas pela PEC 287, PEC 300, pela Lei 13.429/2017, pelo PL 6787 e pelas Portaria do Ministério do Trabalho nº 421/2017 e a Lei da Reoneração da Contribuição a Previdência, também foi aprovada por unanimidade pelos sindicalistas presentes.
Eleito à presidência da nova diretoria, para Oneide de Paula, a criação de uma representação no estado é um avanço promovido pela CSB sem precedentes no movimento sindical. De acordo com o dirigente, “é uma honra que Santa Catarina tenha sido o primeiro estado a ser brindado pela oportunidade de fazer a diferença na vida dos trabalhadores”. “Eu tenho certeza que a nossa diretoria foi escolhida a dedo, composta por pessoas qualificadas do nosso estado. Meu muito obrigado pela confiança e pela participação de todos no Congresso. Eu não vou deixar vocês passarem vergonha”, garantiu o presidente estadual.
No anúncio da diretoria eleita, Antonio Neto aproveitou para destacar a importância do estatuto da CSB para a inclusão dos dirigentes de todo o Brasil nas tomadas de decisão da Central e da união dos trabalhadores nas lutas contra os retrocessos. “Nosso estatuto permite que cada sindicato ingressante possa ser guinado à Diretoria Executiva ou à Direção Nacional, porque ele foi redigido para incluir. Então, podem ter certeza que a Central foi fundada para fortalecer os sindicatos, pois a nossa estrutura começa na base. E como fortalecemos? Preparando e formando os dirigentes, ajudando-os a pensar em soluções para as reivindicações das suas categorias”, explicou Neto.
Junto ao o presidente nacional da CSB, o vice-presidente nacional José Avelino Pereira (Chielo) e o secretário-Geral Alvaro Egea ainda conclamaram os trabalhadores para a greve geral do dia 28 de abril e à celebração do 1º de maio da Central, na Barra Funda, em São Paulo. “A terceirização sem nenhuma barreira, da forma como está colocada, é um mal para os trabalhadores. E as reformas nos moldes como foram colocadas também. O sindicato tem um papel fundamental na política. Tenhamos consciência desta força para irmos para as ruas protestar no dia 28 e no Dia do Trabalhador”, chamou Chinelo, seguido por Egea: “Agora é um momento de consolidação das nossas representações nos estados. As seccionais são braços da nacional e por isso, é necessário que também se mobilizem em defesa dos profissionais e de toda a população brasileira”.
Como primeiro ato da Diretoria Estadual de Santa Catarina, dirigentes do estado aprovaram moção coletiva contra a reforma da Previdência, trabalhista; a lei de terceirização; a Portaria do Ministério do Trabalho que suspende os efeitos da Instrução Normativa nº1/2017 – sobre a obrigação do recolhimento da contribuição sindical de todos os servidores públicos pela Administração Pública Federal, Estadual e Municipal; a Lei de Reoneração da Folha de Pagamento, que deixou de fora apenas os quatro setores que geraram 961 mil desempregados no País, e a Proposta de Emenda à Constituição 300, que ataca os direitos adquiridos pelo artigo 7º da Constituição Federal, propondo, entre outros retrocessos, jornada de trabalho de 10 horas diárias.

Mulheres no movimento sindical
Durante o Congresso, a CSB mostrou mais uma vez a importância e o compromisso com a mulher. Entre os dirigentes escolhidos para compor a diretoria da secciconal Santa Catarina, a primeira da Central, estão seis mulheres, entre elas: Joelma Rodrigues da Silva e Ana Maria Netto da Silva, que foram eleitas como vice-presidentes.

“Quero agradecer o respeito com o qual fui recebida neste Congresso. No meu estado, eu não tenho tido tanto respeito por incrível que pareça. Há 30 anos batalhamos e neste mundo sindical basicamente de homens, me honro ao ver mais companheiras participando deste evento. Quero agradecer o presidente por este respeito e dizer que a nossa luta esta começando a ser reconhecida. Eu trabalho desde os 9 anos de idade e esta é primeira vez que me sinto respeitada”, falou emociona a presidente do SINSESC, entidade que representa 160 mil trabalhadores.
Sensibilizada com as palavras da dirigente catarinense, a vice-presidente da CSB, Diany Dias de Souza, reafirmou o apoio da entidade a mulher e deu as boas-vindas à companheira.









