Iniciativa oferece ferramentas à luta pelo empoderamento político das mulheres
No início do mês de junho, como parte do programa de capacitação oferecido pelo Sindpd em parceria com a empresa Pontua e a Fundação Ulysses Guimarães, as diretoras do Sindicato participaram do curso de formação sobre “Políticas públicas de gênero”.
Anunciada durante a agenda de comemorações ao Dia Internacional da Mulher pelo presidente Antonio Neto, a iniciativa faz parte do plano de valorização feminina empreendido pelo Sindpd. Para oferecer ferramentas à luta pela igualdade e pelo empoderamento político das mulheres, o curso parte de uma abordagem histórica da exclusão para, então, destacar sua participação nas transformações sociais do Brasil, como a conquista de garantias trabalhistas, acesso a educação e direito ao voto.
Neste debate sobre o tratamento dado às questões femininas, as políticas públicas são entendidas como ferramentas de ação coletiva e de consolidação de direitos que integram a pauta de reivindicações dos movimentos de mulheres, isto é, são processos que transformam as demandas sociais – tais como violência doméstica, direitos sexuais e reprodutivos, educação, trabalho e participação política – em temas de decisão das autoridades do Estado no enfrentamento das barreiras sociais impostas à obtenção da plena cidadania da mulher.
O programa também problematiza o fenômeno da sub-representação feminina na esfera política, já que, embora se registre o aumento no número de candidatas, o percentual de mulheres no Congresso Nacional não chega a 10%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda que, de um total de mais de 142 milhões de eleitores, 52,13% pertencem ao sexo feminino.
Em 2010, as mulheres representavam 8,8% dos 513 deputados da Câmara Federal, isto é, 45 foram eleitas. Para 2014 o número registra pequeno aumento, 51 foram nomeadas, passando a representar 9,9%. Quanto ao Senado Federal, nas últimas eleições concorreram ao cargo 34 mulheres e 138 homens, sendo que apenas cinco delas foram escolhidas frente a 22 deles. Considerando que apenas um terço dos cargos esteve aberto à votação, as cinco se somam às outras sete senadoras previamente nomeadas, portanto 12 mulheres e 69 homens ocupam as cadeiras do Senado.
Cabe destacar, contudo, a intensa participação feminina na disputa presidencial, posto que, além de reeleger a primeira mulher que ocupou o cargo, outras duas conseguiram galgar o terceiro e quarto lugares no ranking de votos, em uma disputa com mais de oito candidatos.
Fonte: SINDPD -SP