Na diplomação de Lula e Alckmin, CSB reafirma apoio a medidas em prol do trabalhador

O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antonio Neto, esteve em Brasília nesta segunda-feira (12) representando a CSB na diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin pelo Tribunal Superior Eleitoral, presidido pelo ministro Alexandre de Moraes. 

A presença no evento é mais uma demonstração do compromisso da central com a democracia e da confiança em nosso processo eleitoral. O tema foi o ponto central também do discurso de Lula. “Esse não é um diploma do Lula presidente, é um diploma de uma parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país”, afirmou na abertura da fala. 

“A democracia precisa ser todos os dias defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder. Felizmente não faltou quem defendesse, nesse momento tão grave, a nossa democracia”, disse Lula, que lembrou em seguida do assédio sofrido por eleitores impedi-los de manifestar sua vontade. 

“Os inimigos da democracia […] ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação, tentaram comprar o voto dos eleitores com falsas promessas de dinheiro farto, desviado do orçamento público, intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios e os trabalhadores com risco de demissão sumária caso contrariassem os interesses de seus empregadores.” 

Em apenas duas semanas, de 7 a 21 de outubro, as centrais sindicais (CSB, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, Pública, CSP-Conlutas, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e Intersindical Instrumento de Luta) receberam 166 denúncias de assédio eleitoral sofrido em local de trabalho por meio de canais online que abriram para os trabalhadores. 

Ao final de seu discurso, Lula destacou a presença de representantes de todos os setores da sociedade no governo de transição, inclusive de movimentos dos trabalhadores e populares. Segundo ele, a participação é essencial para a defesa do sistema democrático. 

“O povo quer participação ativa nas decisões dos governos. Quanto maior a participação popular, maior o entendimento da necessidade de defender a democracia daqueles que se valem dela como atalho para chegar ao poder e instaurar o autoritarismo. A democracia só tem sentido, e será defendida pelo povo, na medida em que promover, de fato, a qualidade de direitos e a oportunidade para todos e todas.” 

Pelo trabalhador

Antonio Neto avaliou o discurso como promissor para o trabalhador e se colocou à disposição para promover medidas que tragam melhorias ao povo. 

“É um importante momento do rito da democracia. A diplomação pelo TSE encerra o processo eleitoral e oficializa a vitória da chapa. Desejo boa sorte e sucesso ao presidente Lula e ao vice-presidente Geraldo Alckmin. Estimo que ambos realizem um governo vitorioso para os trabalhadores brasileiros. Tenho certeza de que o movimento sindical apoiará todas as medidas que visem o trabalho digno e bem remunerado, o desenvolvimento nacional e o combate às desigualdades.” 

Crimes eleitorais não ficarão impunes

A cerimônia foi encerrada com um discurso do ministro Alexandre de Moraes, que prometeu a punição de todos os envolvidos com crimes eleitorais e atos que visem desestabilizar a democracia brasileira. 

“Nas eleições de 2022, a presente diplomação tem um duplo significado, pois além do reconhecimento da regularidade e legitimidade da vitória da chapa presidencial composta pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, esta diplomação atesta a vitória plena e incontestável da democracia e do Estado de Direito contra os ataques antidemocráticos, contra a desinformação e contra o discurso de ódio proferidos por diversos grupos organizados que, já identificados, garanto, serão integralmente responsabilizados, para que isso não retorne nas próximas eleições”, afirmou. 

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