Dia do Trabalhador e as lutas da classe

A pauta reivindicatória dos trabalhadores brasileiros é extensa e alguns dos problemas são históricos

Juvenal Pedro Cim*

No Brasil, o 1º de Maio foi instituído como feriado nacional e Dia do Trabalhador, por decreto do Presidente Arthur Bernardes, em 1925, embora a primeira comemoração tenha ocorrido em 1895, em Santos, por iniciativa do Centro Socialista.

A origem do 1º de Maio quase todo mundo conhece. Foi nesse dia em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos que os trabalhadores, quando realizavam uma passeata em busca da redução da jornada de trabalho para oito horas, houve um confronto com a polícia que terminou numa chacina, na qual foram mortos vários trabalhadores. Três anos depois, em 14 de julho de 1889, primeiro centenário da Revolução Francesa em Paris, o Congresso Internacional Socialista proclamou o 1º de Maio, como dia internacional do Trabalho, em homenagem aos Mártires de Chicago.

Essa data é sempre um momento de reflexão para os trabalhadores sobre os problemas que atormentam a classe, mas também para homenagear aqueles que dedicaram a vida à defesa dos direitos de seus parceiros de trabalho.

A pauta reivindicatória dos trabalhadores brasileiros é extensa e alguns dos problemas são históricos, como a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, distribuição de renda, salário mínimo, inflação, pleno emprego, saúde, segurança, combate a pobreza, moradia, meio ambiente, lazer, cultura, participação nos lucros e resultados, baixos salários e rotatividade.

A valorização do salário mínimo foi o principal instrumento que desencadeou o processo de ascensão e social no Brasil. Contudo, cerca de 8,5% da população brasileira vive em extensa pobreza com renda familiar per capita inferior a R$ 70,00 reais mensais. O Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo, quanto à divisão de renda e de riqueza.

O grande desafio agora é melhorar os serviços públicos e elevar os salários dos trabalhadores. Dentre as várias fontes de renda que contribuíram para a redução da desigualdade, a mais importante foi o trabalho com peso de 58%, em seguida a previdência social com 19%, o programa bolsa família 13% e a prestação continuada para os idosos 6%.

O Brasil apresenta possibilidades imensas de crescimento em atividades como infraestrutura, comércio, educação, transporte, lazer, turismo e, é isto que os trabalhadores brasileiros almejam neste 1º de Maio de 2014, a volta do crescimento econômico vigoroso com justa distribuição de renda e redução simultânea da pobreza e da desigualdade.

*Presidente do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado do Paraná – SENALBA-PR e Coordenador Geral da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB-PR.

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