Desemprego no Brasil sobe no 1º trimestre, mas mantém menor índice para o período

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da elevação, o índice representa o menor patamar já registrado pela Pnad Contínua para esse período do ano desde o início da série histórica, em 2012.

O novo percentual supera o resultado do mesmo trimestre de 2014, quando o desemprego atingiu 7,2%, e também é inferior ao do ano passado, quando 7,9% da população buscava uma vaga de emprego.

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A alta observada mantém a tendência de crescimento registrada nos últimos meses. O índice havia alcançado os níveis mais baixos da série histórica no final de 2024, com 6,2% em outubro e 6,1% em novembro. Com o avanço, o desemprego retorna ao maior patamar desde o trimestre encerrado em maio do ano passado (7,1%).

O número absoluto de pessoas desocupadas chegou a 7,7 milhões, o menor desde março de 2014. No entanto, representa um aumento em relação a maio de 2024, quando 7,8 milhões procuravam emprego. Em comparação ao terceiro trimestre de 2024, cerca de 891 mil pessoas ingressaram no grupo que busca trabalho, um crescimento de 13,1%.

“O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

No mesmo período, o total de trabalhadores ocupados caiu em 1,3 milhão, chegando a 102,5 milhões. Apesar disso, o número ainda é 2,3% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2024, que somava 100,2 milhões de pessoas ocupadas.

A quantidade de empregados com carteira assinada permaneceu estável, em 39,4 milhões. Já o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado recuou 5,3% em relação ao trimestre anterior, totalizando 13,5 milhões.

“A retração da ocupação no primeiro trimestre ocorreu principalmente no emprego sem carteira relacionado à construção, serviços domésticos e educação”, aponta Beringuy.

Renda média

O rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros alcançou R$ 3.410 no primeiro trimestre, alta de 4% em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 3.270), renovando o recorde da série histórica iniciada em 2012. Houve aumento expressivo nos salários em setores como agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+4,1%, ou R$ 85) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+3,2%, ou R$ 145).

Mesmo com a queda no número de ocupados, a massa de rendimento real habitual também atingiu nível recorde, totalizando R$ 345 bilhões, um crescimento de 6,6% (R$ 21,1 bilhões) em um ano.

Os dados são da Pnad Contínua, pesquisa nacional por amostra de domicílios realizada desde 2012. O levantamento considera como desempregada a população de 14 anos ou mais que está disponível e em busca de emprego, excluindo do cálculo pessoas fora da força de trabalho, como estudantes dedicados exclusivamente aos estudos ou donas de casa. Os dados analisam trimestres móveis e refletem o período de janeiro a março de 2025.

Com informações de UOL
Foto: Reprodução

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