Desemprego é de 12,7% e atinge 13,2 milhões de trabalhadores, diz IBGE

Dados trimestre encerrado em maio mostram também que a informalidade aumentou

 

O desemprego no país foi de 12,7%, em média, no trimestre encerrado em maio, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice é considerado estável em relação ao trimestre anterior (12,6%), mas houve queda na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (13,3%).

Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 13,2 milhões de pessoas no período. O resultado, segundo o IBGE, também é considerado estável em relação ao trimestre anterior (13,1 milhões). No confronto com o mesmo trimestre de 2017, quando havia 13,8 milhões de desocupados, houve queda de 3,9%.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

Vagas com carteira e rendimento
O número de empregados com carteira de trabalho assinada (32,8 milhões) caiu 1,1% frente ao trimestre anterior (dezembro de 2017 a fevereiro de 2018). Na comparação com o trimestre de março a maio de 2017, a queda foi de 1,5% (-483 mil pessoas).

Segundo o IBGE, o rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 2.187 no trimestre de março a maio de 2018, resultado considerado estável em relação ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Informalidade aumenta
A pesquisa mostrou também o aumento de 2,9% no número de empregados no setor privado sem carteira assinada em relação ao trimestre anterior, chegando a 11,1 milhões de pessoas. “Em números absolutos, o resultado representa mais 307 mil pessoas em postos de trabalho que não oferecem várias garantias de direitos trabalhistas”, apontou o IBGE em nota. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, são 597 mil pessoas a mais na informalidade (aumento foi de 5,7%).

“A redução dos postos de trabalho com carteira assinada não está alinhada com a estabilidade na taxa de desocupação. Ela indica uma redução significativa do emprego com qualidade, que permanece em queda no início do segundo trimestre do ano”, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Metodologia da pesquisa
Os dados fazem parte da Pnad Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo Ministério do Trabalho, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.

Fonte: UOL

Compartilhe:

Leia mais
4 encontro sindical fespume-es
Federação dos Servidores Municipais do ES (Fespume-ES) realiza 4º Encontro Sindical
aumento emprego entre mulheres
Número de mulheres com carteira assinada aumenta 45% em um ano
nota centrais sindicais contra plano golpista
Nota das centrais sindicais: "União contra o golpismo e pela democracia"
Antonio Neto Sindis
Antonio Neto: Sindicatos devem aproveitar tecnologias e se adaptar para sobreviver
empresa obriga mãe voltar ao trabalho recém-nascido
Empresa é condenada por obrigar mãe a voltar ao trabalho uma semana após dar à luz
semana 4 dias de trabalho aumento produtividade
Empresa aumenta em 20% a produtividade ao adotar semana de 4 dias; Brasil testou modelo
Antonio Neto 3 congresso cspm
3º Congresso da CSPM: Antonio Neto fala sobre necessidade de adaptação dos sindicatos
escala 6x1 prejudica saúde mental
Escala 6x1 prejudica saúde mental e produtividade dos trabalhadores, diz especialista
ministra esther dweck defende estabilidade do servidor público
Estabilidade do servidor é pilar de defesa do Estado, diz Esther Dweck em resposta à Folha
CSB no G20 Social
CSB defende fim da escala 6x1 e proteção aos direitos dos trabalhadores no G20 Social