Taxa de desempregados há mais de 2 anos tem menor nível desde 2015; queda de 28%

O número de pessoas procurando emprego há pelo menos dois anos atingiu o menor patamar desde 2015 no terceiro trimestre de 2023. No período, 1,8 milhão de pessoas estavam em busca de trabalho há dois anos ou mais, uma queda de 28,2% em relação ao terceiro trimestre de 2022, quando havia 2,6 milhões de pessoas nessa categoria.

Os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (22).

A pesquisa também registrou queda no desemprego, que fechou o período em 7,7%, o que representa uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 1 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2022.

O resultado foi puxado pela redução do índice em São Paulo (7,8% para 7,1%), Maranhão (8,8% para 6,7%) e Acre (9,3% para 6,2%). Houve aumento apenas em Roraima (5,1% para 7,6%), enquanto os demais estados permaneceram estáveis.

Apesar da queda na desocupação, a informalidade continua atingindo 39,1% da população ocupada. O percentual de pessoas que trabalham por conta própria foi de 25,5%.

Carteira assinada

No período analisado, 73,8 % dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. O Norte (60,1%) e Nordeste (58,4%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões.

Porém, entre os trabalhadores domésticos, apenas 24,7% tinham carteira de trabalho assinada no país, uma redução em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando essa proporção era de 25,3%.

Os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (87,8%), Rio Grande do Sul (82,7%) e Paraná (80,9%) e os menores, no Maranhão (49,9%), Piauí (52,3%) e Tocantins (52,7%).

Comparações

Na comparação por gênero, a taxa de desocupação foi de 6,4% para os homens e de 9,3% para as mulheres.

Em relação à cor ou raça, a taxa entre os brancos ficou em 5,9%, enquanto entre os pretos foi de 9,6% e entre os pardos, de 8,9%.

Considerando-se o nível de instrução, a maior taxa de desocupação ficou entre as pessoas com ensino médio incompleto (13,5%). Para as pessoas com nível superior incompleto, o índice foi de 8,3%, enquanto a desocupação entre aqueles com nível superior completo foi de 3,5%.

Veja também: Empresários e sindicalistas temem desemprego sem prorrogação da desoneração

Compartilhe:

Leia mais
Camara aprova teto salario minimo e mudança bpc
Corte de gastos: Câmara aprova teto para aumento do salário mínimo e mudança no BPC
CSB na Secretaria nacional da juventude conjuve
CSB assume cadeira no Conjuve, conselho que debate políticas públicas para a juventude
codefat aprova calendario pagamento abono salarial 2025
Conselho aprova calendário de pagamento do Abono Salarial para 2025; confira datas
regras aposentadoria 2025 reforma da previdência
Haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria em 2025; entenda as novas regras da previdência
Câmara aprova fim da desoneração da folha de pagamento
Câmara aprova imposto mínimo de 15% sobre lucro de multinacionais, seguindo padrão da OCDE
aumento salário mínimo 1954 getúlio vargas
O que aconteceu no Brasil depois que Getúlio aumentou em 100% o salário mínimo
Fachada tst
TST derruba regra da reforma trabalhista que limitava acesso à Justiça gratuita; entenda
trabalhadora obrigada a mostrar os seios
Empresa é condenada a indenizar trabalhadora obrigada a mostrar os seios para superior
paralisação sindimetropolinato ônibus porto alegre
Rodoviários da região de Porto Alegre paralisam atividades por reajuste salarial não pago
Flavio Dino e Rubens Paiva
Lembrando Rubens Paiva, Dino defende que Lei da Anistia não se aplica a ocultação de cadáver