Os dados mais recentes do IBGE mostram que 41,2% dos desempregados no país buscam por recolocação no mercado há pelo menos um ano. A maior parte está na procura há mais de dois anos: são 2,9 milhões de pessoas, ou 29,6% do total dos cerca de 10 milhões de desempregados.
O resto do grupo é formado por 16,6% que buscam trabalho há menos de um mês e 44,5%, há menos de um ano. É considerado desempregado a pessoa que não está trabalhando, tem condições para isso e está procurando.
Os números são referentes ao terceiro trimestre de 2022 e está praticamente estável em relação ao trimestre anterior.
Não há grande alteração também no cenário dos desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, que somam 4,3 milhões de pessoas.
Informalidade
De acordo com o levantamento, a informalidade segue um problema no país, atingindo 39,4% da população ocupada. Dentre os empregados no setor privado, 73,3% possuem carteira assinada. Já aqueles que trabalham por conta própria são 25,9%.
Desigualdade
A pesquisa revela também outros dados que demonstram a desigualdade no mercado de trabalho brasileiro. Por exemplo, a taxa de desocupação entre as mulheres está em 11%, um número 59,4% maior que dos homens, de 6,9%.
Em relação ao rendimento, a média salarial das mulheres foi de R$ 2.380, número que representa 79,3% dos R$ 3 mil pagos em média aos homens e 13% abaixo da média nacional, de R$ 2.737.
O cenário é pior também para jovens, negros e pardos. Enquanto o desemprego atinge 6,8% dos brancos, o índice sobe para 11,1% entre os pretos e 10% entre os pardos.
Jovens de 14 a 17 anos registram 31,7% de desempregados e os de 18 a 24 anos, 18%.
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