Para Secretário Nacional dos Trabalhadores em Segurança Pública da Central Sindical dos Profissionais (CSP), policiais civis e militares merecem respeito e precisam ser valorizados
A criação dos pisos nacionais dos policiais civis, militares e bombeiros – medida em debate no Congresso Nacional através dos projetos de emenda constitucional 300 e 446 – é a solução para minimizar o achatamento salarial que assola estas categorias em diversos estados do país e se tornou o combustível principal para os movimentos grevistas ocorridos na Bahia e no Rio de Janeiro.
Uma agenda nacional de mobilização esta sendo debatida em Brasília entre os dias 9 e 10 de fevereiro por parte dos sindicatos que integram a Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). O Secretário Nacional dos Trabalhadores em Segurança Pública da CSP e presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Denilson Martins, está presente no encontro.
“Estamos ouvindo as reivindicações, problemas e propostas de nossos companheiros, sindicalistas e policiais. Na pauta de discussão estão as PECs 300 e 446, emendas enviadas ao Congresso Nacional que prevêem piso salarial único para civis e militares de todos os estados brasileiros”, afirma Martins.
As premissas acordadas neste encontro serão apresentadas ao Conselho Nacional de Segurança Pública e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “Nós queremos que o governo discuta nossa situação. Queremos ser ouvidos”, explica o secretário.
Segundo Martins, hoje, a diferença entre os pisos estaduais da instituição são gritantes. No Distrito Federal, um policial civil ganha em média oito mil reais, enquanto no Rio de Janeiro esse valor dificilmente passa dos 2.500 reais. “Se as PECs 300 e 446 tivessem sido aplicadas antes, os conflitos da Bahia e do Rio de Janeiro não estariam acontecendo. Apoiamos e respaldamos as reivindicações desses estados”, disse o dirigente da CSP.
O piso exigido pela categoria é de 3.500 reais. Caso existam estados que não consigam arcar com a despesa está disponível o Fundo Nacional de Segurança Pública, mantido com aporte financeiro do Governo Federal.
As injustiças contra os policias não se baseiam apenas na questão salarial. “Temos problemas na infraestrutura, condições de trabalho, carreira, profissionalização e valorização. Isso precisa mudar”, pontuou Martins.
Em mais uma demonstração de apoio à causa, o secretário e mais de 300 sindicatos filiados à CSP aprovaram moção em solidariedade aos policiais civis e militares no Congresso Nacional Extraordinário da CSP, realizado nesta terça-feira (7), no hotel Mônaco Convention, localizado em Guarulhos/SP.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CSP