CSB RS leva ciclo de palestras sobre a reforma trabalhista à Santa Cruz do Sul

Impactos e características da Lei 13.467/17, além de assédio moral, foram debatidos no evento

Os dirigentes sindicais de Santa Cruz do Sul receberam, nesta segunda-feira (18), o segundo debate sobre a reforma trabalhista promovido pela CSB RS no estado. O evento é parte do ciclo de palestras realizado em parceria com o Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus/RS), a Federação dos Municipários do Estado do Rio Grande do Sul (Fermergs) e a Associação Gaúcha de Advogados Trabalhistas (Agetra). Novo Hamburgo e Uruguaiana são os outros dois municípios contemplados pela iniciativa.

Clique aqui e saiba como foi o debate na cidade de Novo Hamburgo.

Com o objetivo de capacitar os sindicalistas e apresentar alternativas de enfrentamento às consequências da Lei 13.467/17, os assuntos “Reforma Trabalhista: elementos para reflexão” e “Assédio Moral” foram temas das palestras ministradas pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Marcelo José Ferlin D’Ambroso e pelo diretor do SINDJUS, Aguinaldo Caetano Martins, respectivamente.

Durante as apresentações, os prejuízos das ações que se configuram assédio, os impactos e as inconstitucionalidades da reforma foram destaques das discussões. O desembargador do TR4 Ferlin D’Ambroso, inclusive, classificou a nova legislação como “produto de um estado de exceção” e aproveitou a oportunidade para incentivar os sindicalistas a questionarem todas as regras da reforma.

“Na época do nazismo e do fascismo, era mesma coisa: todas as atrocidades tinham a aparência de legalidade. [Mas] há falhas [na lei], e quanto mais estudo sobre ela, mais encontro falhas. Não aceitem aqueles absurdos! ”, enfatizou o jurista.

Mobilização e Compromisso

Para a presidente da Seccional da CSB no estado gaúcho, Eliane Gerber, o ciclo de palestras é uma forma de justamente capacitar o dirigente para questionar e combater os retrocessos da Lei 13.467/17. De acordo com Gerber, mesmo próximo às festas de final de ano, o movimento sindical se mantém mobilizado, atento e organizado, “prontos para fazer um combate incessante contra a reforma trabalhista e a previdenciária”.

“Não importa se é final ou início de ano. O governo pensa que o movimento irá se distrair, mas isso é um equívoco. E nosso ciclo de palestras mostra que estamos mobilizados e qualificando nossos sindicatos. Não vamos esmorecer, não vamos dar trégua”, assegura.

A presidente da CSB RS e 1ª secretária da Mulher Trabalhadora da CSB Nacional ainda garante que as lutas serão intensificadas em 2018, principalmente por ser ano eleitoral. “A CSB é uma central que está permanentemente ao lado dos seus sindicatos não só no discurso, mas na prática também. Então, nossa proposta de capacitar os dirigentes continua no próximo ano, porque, além das reformas, estaremos em ano de eleição, e o nosso compromisso é não reconduzir ao Congresso e ao Governo Federal aqueles que fizeram um trabalho contrário aos interesses da classe trabalhadora”, relembra.

As palestras de Santa Cruz do Sul contaram com a organização do Sindicato dos Funcionários da Prefeitura do município (SINFUM) e a participação de cerca de 60 dirigentes sindicais e advogados de diversas categorias e regiões. O evento aconteceu no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade (Sindmetal).

Compartilhe:

Leia mais
Camara aprova teto salario minimo e mudança bpc
Corte de gastos: Câmara aprova teto para aumento do salário mínimo e mudança no BPC
CSB na Secretaria nacional da juventude conjuve
CSB assume cadeira no Conjuve, conselho que debate políticas públicas para a juventude
codefat aprova calendario pagamento abono salarial 2025
Conselho aprova calendário de pagamento do Abono Salarial para 2025; confira datas
regras aposentadoria 2025 reforma da previdência
Haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria em 2025; entenda as novas regras da previdência
Câmara aprova fim da desoneração da folha de pagamento
Câmara aprova imposto mínimo de 15% sobre lucro de multinacionais, seguindo padrão da OCDE
aumento salário mínimo 1954 getúlio vargas
O que aconteceu no Brasil depois que Getúlio aumentou em 100% o salário mínimo
Fachada tst
TST derruba regra da reforma trabalhista que limitava acesso à Justiça gratuita; entenda
trabalhadora obrigada a mostrar os seios
Empresa é condenada a indenizar trabalhadora obrigada a mostrar os seios para superior
paralisação sindimetropolinato ônibus porto alegre
Rodoviários da região de Porto Alegre paralisam atividades por reajuste salarial não pago
Flavio Dino e Rubens Paiva
Lembrando Rubens Paiva, Dino defende que Lei da Anistia não se aplica a ocultação de cadáver