Central dos Sindicatos Brasileiros

CSB protesta na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul contra privatização de estatais

CSB protesta na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul contra privatização de estatais

Mobilização acontece em frente à Casa; parlamentares podem votar nesta terça-feira (23) projeto que retira necessidade de plebiscito para privatizar empresas públicas

Tropa de choque e gradil ao redor de todo o prédio da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para isolar os servidores públicos do Plenário 20 Setembro. Esse é o ambiente que envolve a votação da Proposta de Emenda Constitucional que retira a exigência de plebiscito para privatização das estatais Sulgás, CRM e CEEE, e deve acontecer nesta terça-feira (23).

Presente em diversos atos contra o projeto, a Seccional Rio Grande do Sul da Central do Sindicatos Brasileiros (CSB) está à frente do movimento e, dentro e fora da assembleia, pressiona os parlamentares. Segundo o presidente da Seccional, Sergio Arnoud, cerca de 300 servidores das diversas categorias estão do lado de fora lutando pelos seus empregos e pela valorização das empresas.

Para o dirigente, a atual Assembleia é composta por deputados contrários às agendas sociais, o que torna a PEC um perigo ainda mais real.

“Já fizemos corpo a corpo com os deputados, já fizemos audiência pública e abaixo-assinado sobre o tema. O problema é que esta composição atual da assembleia é completamente pendente para tudo que é contrário ao social. Essa foi uma eleição atípica, onde as pessoas que jamais se imaginava que poderiam chegar à Assembleia chegaram. São pessoas sem qualquer vínculo com uma organização social que foram eleitas através das redes sociais. Já tínhamos parlamentares do governo passado simpáticos a essa ideologia, e agora se juntou com essa turma sem qualquer compromisso com ninguém, ou seja, eles não têm a quem responder. Por isso, nossa tarefa é muito dura”, explicou Arnoud.

Para ser aprovada, a PEC depende do aval de três quintos dos deputados, o que equivale a 33 votos. Além disso, ela passará por dois turnos; de acordo com o dirigente da CSB, o governo pretende, se aprovada nesta tarde, agilizar a votação da proposta em segundo turno.