Reunião aconteceu em Belo Horizonte e debateu o papel da mulher no mercado de trabalho
O Sindicato dos Servidores do IPSEMG – com apoio da CSB, realizou o “1° Encontro de Mulheres de 2015”. O evento fez parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher.
O evento foi organizado pela diretora para assuntos da mulher do SISIPSEMG e secretária nacional das mulheres da CSB, Andréa Myrrha Guimarães, e pela diretora Estadual da União Nacional dos Servidores Públicos Civis do Brasil (UNSP), Dina Elisa Corrêa Santos. Também participaram do evento Antonieta de Faria (Tieta), secretária nacional dos trabalhadores em institutos de previdência públicos da CSB e diretora do SISIPSEMG, e Maria Abadia, presidente do Sindicato SISIPSEMG.
Durante o evento, foram realizadas diversas palestras que trataram das seguintes temáticas: assédio moral no serviço público; a diversidade cultural; a violência contra a mulher; a mulher no mercado de trabalho e a expansão da consciência. Após as palestras, as mulheres também receberam brindes e participaram de um momento de confraternização. O coral do IPSEMG também se apresentou no encontro.
Para Andréa Myrrha, o encontro aconteceu em um momento oportuno, quando todos os trabalhadores estão preocupados com a continuidade da política nacional de valorização do salário mínimo a partir de 2015. “O aumento dos salários é um dos principais instrumentos para a melhoria das condições de trabalho e da construção da igualdade de gênero. Uma boa remuneração é uma forma de inserir e qualificar as mulheres para o mercado de trabalho, que está cada vez mais exigente. O nosso desafio é dar continuidade a esta valorização e lutar para que mais mulheres saiam da zona da pobreza”, afirma.
O Projeto de Lei nº 6653/2009, conhecido como o PL da Igualdade, que cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens, visando coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho, foi outro ponto debatido no encontro. Segundo Maria Abadia, a provação do projeto deve ser prioridade do movimento sindical e das mulheres sindicalistas. “As mulheres desempenham as mesmas funções dos homens, mas continuam ganhando menos. É necessário que existam mais políticas públicas em prol das mulheres. Vamos continuar lutando para garantir que os direitos das trabalhadoras sejam sempre garantidos”, afirmou. A mulher recebe, em média, 70% do salário do homem que desempenha a mesma função.
Na ocasião, também foram discutidos temas como a igualdade de oportunidades e o combate ao assédio moral e à violência contra a mulher. Para Tieta, este tipo de debate é fundamental para que haja a construção de uma sociedade mais igualitária. “As mulheres ainda são muito discriminadas profissionalmente. E quando pensamos em serviço público, a situação fica um pouco mais delicada. O assédio moral fica mais latente, já que no serviço público não há controle e nem punições para quem pratica. Além disso, o assédio contra a mulher normalmente começa como sexual, e quando há a negativa dela, passa para moral”, disse.