Centrais Sindicais se reúnem com Wilson Witzel para discutir crise do coronavírus

O Governador do Rio de Janeiro participou ontem (3) de uma videoconferência com os representantes dos trabalhadores para debater ações para o enfrentamento à pandemia

A crise gerada pelo Covid-19 e os seu efeitos catastróficos para a economia tem servido de pretexto para o Governo Federal atacar instituições e direitos do trabalhador. Dessa forma, a mobilização por parte das entidades trabalhistas vem se fazendo cada vez mais necessária. Na tarde da última sexta-feira (03), foi realizada uma vídeoconferência que reuniu lideranças das seis centrais sindicais aferidas, juntamente com o Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

O alicerce da reunião foi a busca por medidas que visem proteger a população, tanto do coronavírus em si quanto dos seus impactos socioeconômicos. Além disso, foram discutidas maneiras de minimizar os sucessivos erros cometidos por Jair Bolsonaro diante da atual crise.

Estavam presentes, além do governador, as lideranças da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Nova Central (NCST), Força Sindical e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

De acordo com Antonio Neto, representante e presidente nacional da CSB, é importante incluir o seguro desemprego à MP-936. “Queremos implementar nessa Medida Provisória um seguro desemprego de seis meses, atendendo a todos os trabalhadores que por ventura ficarem desempregados nesse período”. Além disso, Neto cobrou articulaçao política, da parte de Witzel, para agilizar a aprovação e implementação de medidas que protejam as parcelas mais vulneráveis da população. “É hora de ajudar a pressionar, através da bancada do Rio de Janeiro, de senadores desse estado, para regulamentarmos a Renda Mínima Nacional. Ela deve chegar rapidamente na mão dos brasileiros. Não adianta essas quantias chegarem no fim do mês de abril”, ressaltou o presidente da CSB.

Logo em seguida falou Maria Bárbara da Costa, representando a seccional do Rio de Janeiro da CSB e a Federação dos Empregados em Serviços de Saúde (FEESSRJ). De acordo com Bárbara, é necessário zelar saúde e segurança dos profissionais da saúde. “Eles (trabalhadores da área da saúde) estão na linha frente e já existem números alarmentes de que 80 enfermeiros já se afastaram em razão de contaminação por coronavírus. Se tais números continuarem a crescer, o que vai acontecer: aqueles que estão na linha de frente, não estarão mais. Então quem estará cuidando dos outros pacientes?” Foi o questionamento de Bárbara em sua fala.

Por fim, o governador Wilson Witzel fez críticas ao modelo neoliberal de economia, insuficientes para resolver os dilemas gerados pelo coronavírus. “A mentalidade rentista, a mentalidade neoliberal não está trazendo resultados para o Brasil”. Além disso, Witzel também fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro, visto como despreparado para gerir o País em momentos de crise.

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