Centenas de representantes das centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais feministas participaram de uma plenária com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, nesta segunda-feira (24) em São Paulo, na sede do Sindicato dos Químicos.
A ministra apresentou as ações já tomadas por sua pasta e pelo governo Lula para promover os direitos das mulheres, enquanto os movimentos apresentaram as dificuldades que têm enfrentando no estado sob o governo de Tarcísio de Freitas que, segundo disseram, não dá atenção às pautas do movimento feminino, como a luta por moradia.
Cida iniciou sua fala destacando a aprovação e sanção da lei enviada ao Congresso pelo governo federal que obriga a igualdade salarial entre homens e mulheres que exerçam a mesma função e aumenta a punição para empregadores que infringirem a regra.
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Ela contou que, a partir de agora, haverá um esforço interministerial para garantir o cumprimento da lei, e ressaltou o papel dos sindicatos na fiscalização e denúncia de possíveis infrações.
Porém, disse Cida, a luta por igualdade no mercado de trabalho não pode se limitar à equiparação salarial, e deve chegar até dentro de casa com a conscientização das famílias que o trabalho doméstico também precisa ser igualmente distribuído.
“Se nós queremos ocupar mais espaços, estar mais presentes na política, nos sindicatos, no mercado de trabalho, nós precisamos de tempo para isso. Temos que falar sobre a divisão sexual do trabalho dentro de casa. O homem tem que ajudar, e não é ajuda, é cumprir sua parte. Não dá para lavar um copo e dizer que ajudou, [os homens] têm que assumir a responsabilidade pelas tarefas que também são deles”, afirmou a ministra das Mulheres.
Diversos sindicatos filiados à CSB compareceram, assim como as dirigentes da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CSB. A líder do movimento feminino da central, Antonieta (Tieta) de Faria, avaliou que a ministra tocou em pontos cruciais para as mulheres não apenas no movimento sindical, mas como um todo.
Ela se disse otimista com as ações anunciadas pela pasta e contou que a relação com a administração federal voltou a ser de diálogo fluido e constante, após seis anos de bloqueio total das negociações e retrocessos para toda a classe trabalhadora.