CSB e Força Sindical estão preocupadas com o aumento dos casos de doenças ocupacionais
Líderes da Força Sindical regional MS e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), preocupados com a inexistência de dados precisos sobre acidentes de trabalho nas empresas de Mato Grosso do Sul e muito menos com o número de trabalhadores com doenças ocupacionais, querem que o governo aumente a fiscalização nas empresas e que faça campanhas de conscientização da importância de se adotar equipamentos e medidas de proteção.
“Sabemos que o número de trabalhadores com doenças ocupacionais é muito grande e que os dados e estatísticas do governo não retratam a realidade. Por isso é necessário fazer um trabalho de conscientização de empresários e trabalhadores sobre a importância de adotar posturas e medidas preventivas”, afirma Idelmar da Mota Lima, coordenador da Força Sindical MS e presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS.
O coordenador da CSB e presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de MS e MT (Feintramag), José Lucas da Silva, disse que a campanha de conscientização seria muito importante, porque em muitos casos, como na construção civil, a resistência do uso de equipamentos de proteção individual é encontrada junto ao próprio trabalhador.
As duas centrais concordam que o Governo Federal, principalmente, deveria agir mais com a fiscalização nos canteiros de obras, nas indústrias e em outros setores, para alertar sobre irregularidades na prevenção de acidentes.
Diante da aproximação do Dia Nacional da Prevenção de Acidentes, no próximo domingo (27), a Força Sindical regional MS e a CSB lançam apelo às autoridades para que reforcem os trabalhos de fiscalização e conscientização do mercado de trabalho sobre as condições ideais para evitar problemas de saúde para os trabalhadores.
Dicas
Com o objetivo de evitar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, a Força Sindical regional MS dá algumas importantes dicas a serem utilizadas nas organizações. Todo empregador deve se preocupar em:
1) Utilizar os canais de comunicação interna, visando conscientizar e alertar seus colaboradores quanto aos riscos e às ações de prevenção, para evitar doenças ocupacionais e acidentes no ambiente de trabalho.
2) Promover as palestras e os treinamentos específicos, ministrados por profissionais capacitados, que abordem temas relacionados às regras de proteção, à saúde e às boas condutas no ambiente laboral.
3) Estimular a prática diária de exercícios específicos para evitar, por exemplo, lesões corporais por movimentos repetitivos. Para que essas práticas sejam sempre eficientes é fundamental contar com a orientação de profissionais capacitados e especialistas em ergonomia.
4) Oferecer aos trabalhadores mobiliários adequados no ambiente de trabalho para uma correta acomodação ergonômica.
5) Manter os trabalhadores sempre informados sobre os resultados obtidos a partir das avaliações realizadas no ambiente laboral.
6) Adotar programação de descanso entre as ocupações do dia e não delegar tarefas em que os colaboradores sejam submetidos a uma mesma atividade em tempo integral.
7) Orientar os funcionários a procurarem orientação médica em casos de manifestação de sintomas como: cansaço muscular nos braços ou nas pernas, dores, dormências, inchaços e outras alterações na saúde.
8) Informar aos trabalhadores os resultados dos exames médicos e dos exames complementares realizados, com o intuito de conscientizá-los sobre os diagnósticos obtidos e os cuidados com a saúde.
9) Divulgar e treinar os trabalhadores, quanto aos procedimentos corretos e imediatos que devem ser adotados em caso de acidentes.
10) Cumprir com todas as normas regulamentadoras (NRs) que determinam os fatores de prevenção no ambiente laboral, visando atender as exigências legais da engenharia de segurança e da medicina do trabalho.
Fonte: A Crítica