A Secretaria da Mulher Trabalhadora da Central dos Sindicatos Brasileiros-CSB, vêm à público manifestar absoluto repúdio contra o estupro coletivo de uma jovem ocorrido na última sexta-feira (20), no Morro São João, em Praça Seca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Registrado em vídeo e denunciado por meio das redes sociais, as imagens da moça desacordada e nua denunciam o abuso coletivo.
Segundo, Cerqueira & Coelho.2014. “A violência de gênero é um reflexo direto da ideologia patriarcal, que demarca explicitamente os papéis e as relações de poder entre homens e mulheres. Como subproduto do patriarcalismo, a cultura do machismo, disseminada muitas vezes de forma implícita ou subjetiva […], legitimando e alimentando diversos tipos de violência, entre os quais o estupro.”
Tal fenômeno assume uma dimensão preocupante no Brasil, tendo em vista não apenas as suas consequências, de curto e longo prazo, sobre as vítimas, mas sobre a sociedade em geral. Além das perdas de produtividade, a violência que nasce, sobretudo, dentro dos lares, reforça um padrão de aprendizado, uma cultura que é compartilhado nas ruas.
De acordo com Secretarias de Segurança Pública de todo país, reunidas pelo Fórum Nacional de Segurança Pública – FBSP, uma mulher é estuprada no Brasil a cada 11 minutos. Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja de um estupro a cada minuto. Ao todo, no Brasil, 47,6 mil mulheres foram estupradas em 2014, última estatística divulgada. No Estado do Rio de Janeiro, foram 5,7 mil casos.
O triste acontecimento desencadeou um amplo debate sobre a existência de uma cultura do estupro no Brasil, que precisa ser amplamente questionado, tais práticas sociais que estimulam atos com publicidades, jornalismo, novelas e outros produtos midiáticos que agem contra a lei divulgando conteúdo que legitima racismo e violência contra mulheres e homossexuais.
É necessário combater isso por meios legais e de um ativismo da sociedade em prol de culturas de paz, e de uma educação de gênero para todos/as,
Pedimos que as autoridades de segurança do Rio de Janeiro tome as devidas providencias, investigando determinando a punição dos responsáveis, quanto ao Secretaria de Saúde fluminense, também possa dar toda atenção a esta adolescente quanto aos danos físicos, morais e psicológicos que o crime sexual possa trazer , (não só a ela mais para todas/os que são vítimas de tais práticas) e a família que possa acolher sua filha com toda compreensão e carinho que o momento exige, que está adolescente, vítima sim! receba o carinho de todas as mulheres e homens que são solidários a ela neste momento de dor.
Sabemos que : Não foram 30 contra 1, foram 30 contra todas.
Exigimos justiça!”. Até que todas sejam livres”
Secretaria da Mulher Trabalhadora da CSB.