A CSB esteve nesta quarta-feira (25) no lançamento da campanha nacional Brasil sem Misoginia, coordenada pelo Ministério das Mulheres com o objetivo de mobilizar os mais diversos setores da sociedade para combater o ódio, a discriminação e violência contra a mulher.
As centrais sindicais participarão desta mobilização conscientizando as bases sobre a necessidade de igualdade e respeito no mundo trabalho, além de colaborar com a fiscalização e denúncia de casos em que haja qualquer tipo de violência ou discriminação contra as mulheres em seus trabalhos.
Na cerimônia de lançamento foram assinados mais de 100 acordos de adesão à campanha, envolvendo empresas, governos estaduais, movimentos sociais, sindicatos, times de futebol, torcidas organizadas e entidades culturais, educacionais e religiosas.
A presidente da CSB Mulher, Antonieta de Faria (Tieta), e o presidente nacional da CSB, Antonio Neto, foram a Brasília para a cerimônia e para reafirmarem o compromisso da central com a defesa da igualdade de gênero no mundo do trabalho e na sociedade brasileira.
Tieta participou do processo de elaboração da campanha, que foi resultado de uma série de encontros com o Ministério das Mulheres e mais um passo no caminho que vem sendo trilhado desde o início do governo, com outras medidas que visaram garantir direitos iguais às mulheres, como o projeto de lei da igualdade salarial e o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens.
Veja: CSB Mulher: reuniões na OIT e no Ministério das Mulheres sobre igualdade no trabalho
A ministra Cida Gonçalves destacou que uma das missões é combater o feminicídio, sendo a misoginia parte propulsora de todas as formas de violência contra a mulher. Somente em 2022, 1.400 brasileiras foram mortas simplesmente por serem mulheres, conforme o Anuário da Segurança Pública.
“Os feminicídios não se resumem ao ato de matar, de tirar a vida de uma mulher. Eles começam antes. Eles começam com as piadas, com as brincadeiras, com maus-tratos, com a violência psicológica e moral”, disse a ministra.
Ações
A campanha desenvolverá ações junto com Google, Facebook, Meta e Youtube para combater o discurso de ódio e s exposição, por meio da divulgação de fotos íntimas e falsas, de mulheres nas redes sociais.
Dados da organização não governamental (ONG) Safernet apontam aumento de 251% das denúncias de discurso de ódio contra as mulheres na internet em 2022, contra alta de 61% em denúncias de discurso de ódio de outras naturezas.
Outras estratégias têm como foco o combate à violência de gênero, à desigualdade salarial entre homens e mulheres, a prevenção da violência doméstica e a ampliação da presença feminina nos espaços de poder.
Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Quirino, as ações devem buscar as mudanças nas normas sociais, que hoje permitem a perpetuação da violência contra a mulher nos espaços públicos e privados.
Com informações de Agência Brasil