Renda dos trabalhadores aumentou graças às negociações coletivas, diz BC

O último Relatório de Inflação do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira (26), demonstrou que a renda dos trabalhadores teve ganho real em 2024 devido às negociações coletivas.

O BC reuniu dados das convenções coletivas que mostraram que mais de 80% das negociações coletivas realizadas até agosto deste ano tiveram reajuste salarial acima da inflação, diante de 67% no mesmo período em 2023, “aproximando-se dos níveis do início da década anterior, quando o mercado de trabalho estava bastante aquecido”, diz o documento.

“Convenções coletivas de trabalho rodando próximo de 5%. Salário de admissão retirado do Caged e um rendimento médio real do trabalho retirado da Pnad mostrando que já voltou para a tendência pré-pandemia. Você vê um mercado de trabalho dinâmico, de modo geral”, afirmou Diogo Abry Guillen, direto de política econômica do BC.

Leia também: “Que isso, companheiros?”: BC pune bons resultados da economia aumentando juros

Ainda de acordo com o relatório, o resultado é similar ao registrado pelo Boletim Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). “Reajustes predominantemente acima da inflação têm sido observados em diversas atividades econômicas”, constata.

Mercado de trabalho aquecido

Segundo a análise, o cenário aponta para o aquecimento do mercado de trabalho formal. Com base em dados do Caged, o BC observa que os pedidos de demissão e a rotatividade do emprego estão em patamares elevados. Tais índices são pró-cíclicos, ou seja, crescem quando a economia está aquecida, explica.

“Enquanto a rotatividade tem acompanhado a evolução da taxa de desocupação, os desligamentos voluntários distanciaram-se desse indicador nos últimos meses, atingido patamar mais alto do que o observado em 2014, quando a taxa de desocupação era semelhante à atual”.

O BC nota ainda que o tempo para se encontrar um novo emprego tem diminuído. Ainda analisando dados do Caged, a autarquia afirma que a proporção dos trabalhadores que assumiram um novo posto com carteira assinada em até dois meses após o desligamento tem crescido e encontra-se nos maiores níveis dos últimos anos.

“Na mesma linha, análise com dados pareados da Pnad Contínua mostra que as trocas entre as ocupações também aumentaram”, observa o relatório.

Com informações de Valor Econômico

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