“Que isso, companheiros?”: BC pune bons resultados da economia aumentando juros

Que isso, companheiros?

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) repudia a decisão unânime do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central que elevou nesta quarta-feira (18) a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75%. No mesmo dia, o FED, Banco Central Americano, anunciou a redução da taxa básica de juros nos Estados Unidos.

Vale lembrar que o governo Lula foi eleito para promover o crescimento econômico, a geração de emprego e renda e garantir o controle inflacionário, cenário que tem sido bem sucedido. A decisão de hoje é um freio de mão no desenvolvimento nacional e demonstra uma completa submissão do Banco Central ao modelo neoliberal, que impede qualquer chance de avanço no nosso país, e ao sistema financeiro, único setor que lucra com a alta dos juros.

Mais: Procurador pede investigação sobre influência de bancos na definição dos juros pelo BC

A decisão unânime, inclusive com os votos dos diretores indicados pelo atual governo, é um péssimo indicativo e demonstra adesão à agenda reacionária do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, na condução da política monetária, além de deslegitimar a própria retórica praticada pelo governo até agora.

Os trabalhadores esperam que essa decisão seja apenas um soluço e que a nova direção do BC corrija a rota, sob risco de condenar o futuro do governo e o desenvolvimento do país.

Antonio Neto, presidente da CSB

Leia também: BC controla inflação de “forma burra” ao manter juros altos, diz Marinho

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Compartilhe:

Leia mais
Antonio Neto 3 congresso cspm
3º Congresso da CSPM: Antonio Neto fala sobre necessidade de adaptação dos sindicatos
escala 6x1 prejudica saúde mental
Escala 6x1 prejudica produtividade e saúde mental dos trabalhadores, diz especialista
ministra esther dweck defende estabilidade do servidor público
Estabilidade do servidor é pilar de defesa do Estado, diz Esther Dweck em resposta à Folha
CSB no G20 Social
CSB defende fim da escala 6x1 e proteção aos direitos dos trabalhadores no G20 Social
movimento sindical g20 social rj taxação ricos
Centrais defendem taxação dos mais ricos e menos juros em nota pós G20 Social
CSB-RS Antonio Roma e CSB-BA Mario Conceição
Dirigentes da CSB no RS e na Bahia participam da Semana Nacional de Negociação Coletiva
pagamento 13 salario 2024
Pagamento do 13º salário deve injetar mais de R$ 320 bilhões na economia em 2024
pelo fim da escala 6x1
Centrais sindicais apoiam fim da escala 6x1: "redução da jornada de trabalho já!"
fachada stf - vínculo de emprego terceirização
Terceirização não impede reconhecimento da relação de emprego com tomador, decide STF
csb escala 6x1
Nota da CSB: apoio ao fim da escala 6x1 e pela redução da jornada de trabalho