Após promessa, Dilma ordena ofensiva para aprovar 100% dos royalties para educação

A principal linha de frente é barrar a movimentação da bancada da saúde, que segue trabalhando para que o setor fique com parte do dinheiro

Após prometer em rede nacional que vai assegurar a destinação das receitas de royalties do petróleo para a educação, a presidente Dilma Rousseff mobilizou no fim de semana ministros e líderes envolvidos na articulação da proposta. A pedido da presidente, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) vai se dedicar nos próximos dias a uma ofensiva para assegurar que a ideia do Planalto de dar esse destino 100% dos royalties não acabe desfigurada no Congresso.

A principal linha de frente é barrar a movimentação da bancada da saúde, que segue trabalhando para que o setor fique com parte do dinheiro. O governo também está ciente de que será alvo de críticas da oposição, que já começou a investir no discurso de que o dinheiro em questão só virá dentro de alguns anos. Isso porque o projeto do governo contempla apenas para contratos para a exploração futura de petróleo e não para aqueles que já estão em execução.

Mesmo assim, o governo espera que o texto seja mantido como está, para evitar que o projeto fique amarrado à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a nova lei dos royalties. A Corte ainda não se posicionou sobre a redistribuição dos recursos entre estados e municípios, produtores e não-produtores. Como a dúvida versa justamente sobre os contratos atuais, Dilma não quer que o projeto que dá 100% dos royalties para a educação acabe amarrado a uma decisão da Justiça.

A presidente deixou claro que gostaria de ver a questão resolvida no Congresso ainda nesta semana. Por tramitar em regime de urgência, o projeto que dá 100% dos royalties à educação, o PL 5.500 de 2013, trava a pauta da Câmara desde a semana passada. Apesar dos pedidos feitos pelo Congresso, Dilma avisou que não vai retirar a urgência da proposta.

O governo avalia que, ao menos no que se refere à tramitação do projeto, a tendência é que os protestos da última semana ajudem a garantir a aprovação. Isso porque, na visão do Planalto, parlamentares também se viram pressionados pela opinião pública e tentarão nos próximos dias garantir uma agenda positiva na Câmara e no Senado.

Com a votação, o governo também tem esperanças de acalmar ao menos parte dos movimentos que guiaram as manifestações, por dois motivos. Primeiro, pelo fato de uma parte das críticas surgidas nos protestos versar sobre o investimento de bilhões em estádios da Copa, dinheiro que poderia ter tido, por exemplo, a educação como destino. Segundo, devido à forte participação de estudantes nos atos das últimas semanas.

Fonte: IG – Poder Online

Compartilhe:

Leia mais
Camara aprova teto salario minimo e mudança bpc
Corte de gastos: Câmara aprova teto para aumento do salário mínimo e mudança no BPC
CSB na Secretaria nacional da juventude conjuve
CSB assume cadeira no Conjuve, conselho que debate políticas públicas para a juventude
codefat aprova calendario pagamento abono salarial 2025
Conselho aprova calendário de pagamento do Abono Salarial para 2025; confira datas
regras aposentadoria 2025 reforma da previdência
Haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria em 2025; entenda as novas regras da previdência
Câmara aprova fim da desoneração da folha de pagamento
Câmara aprova imposto mínimo de 15% sobre lucro de multinacionais, seguindo padrão da OCDE
aumento salário mínimo 1954 getúlio vargas
O que aconteceu no Brasil depois que Getúlio aumentou em 100% o salário mínimo
Fachada tst
TST derruba regra da reforma trabalhista que limitava acesso à Justiça gratuita; entenda
trabalhadora obrigada a mostrar os seios
Empresa é condenada a indenizar trabalhadora obrigada a mostrar os seios para superior
paralisação sindimetropolinato ônibus porto alegre
Rodoviários da região de Porto Alegre paralisam atividades por reajuste salarial não pago
Flavio Dino e Rubens Paiva
Lembrando Rubens Paiva, Dino defende que Lei da Anistia não se aplica a ocultação de cadáver