Antonio Neto: “o sindicato é para lutar pelos seus direitos”

Aconteceu hoje o debate sobre os desafios atuais e a reinvenção do movimento sindical, organizado pela Escola Judicial do TRT da 15ª Região (EJUD-15), a Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região (PRT-15) e o Fórum de Promoção da Liberdade Sindical da 15ª Região (FPLS-15).

O evento contou com a presença do procurador-geral do Trabalho, Alberto Bastos Balazeiro, a presidente do TRT-15, Amarylis V. Oliveira Gulla, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maurício Godinho Delgado, além do presidente da Central Sindical Brasileira, Antonio Neto, do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e de desembargadores, acadêmicos e outros representantes do meio sindical.

Antonio Neto comentou sobre os impactos da reforma trabalhista que, acompanhando um retrocesso dos direitos dos trabalhadores, veio para “fazer uma destruição da estrutura sindical e dos direitos, especialmente já que alguns ao longo dos anos diziam que precisávamos acabar com a Era Vargas. E quando diziam isso, diziam é acabar com os direitos dos trabalhadores, com a estrutura sindical”.

Neto também ressaltou a importância dos sindicatos: “toda convenção coletiva, todo acordo coletivo, não é a expressão da legislação. Nós não escrevemos o que está na CLT. É fruto de uma luta. Foi fruto de uma greve, ou de uma organização, ou de presença constante de sindicatos para gerar uma conquista. Vou dar exemplos: o vale-refeição, auxílio creche, PPL, complementação do auxílio previdenciário, e assim sucessivamente. Todas as cláusulas de uma convenção coletiva é fruto de uma negociação coletiva”.

Ou seja essas conquistas não são dadas pelo patronato, e sim negociadas via sindicatos: “essas conquistas fazem parte de toda a história dos sindicatos, desde a sua formação, para que se chegue em um instrumento jurídico”.

“É bom lembrar que para fazer uma negociação coletiva, tem muito patronato que se vale da Emenda 45, que diz que se precisa ter comum acordo, para se entrar com um dissídio coletivo. Essa previsão foi confirmada pelo STF: até isso tiraram de nós”, disse o presidente da CSB.

“Para nós, o sindicato não é um clube. Para nós, o sindicato é para lutar pelos seus direitos, sua saúde, seus benefícios e melhorar a condição de vida dos trabalhadores (…) chegou a hora do trabalhador conhecer as conquistas que seu sindicato fez. É na negociação coletiva que nós vamos discutir com os trabalhadores a assunção efetiva de sua adesão ao contrato de trabalho, que seja a nossa convenção coletiva e nosso acordo coletivo”.

Compartilhe:

Leia mais
Design sem nome (2) (1)
CSB defende transição tecnológica justa em reunião de conselheiros com ministra Gleisi Hoffmann
painel 7 transição tecnológica e futuro do trabalho
Encontro Nacional CSB 2025: painel 7 – Transição tecnológica e futuro do trabalho; assista
regulamentação ia inteligência artificial
Regulamentação da IA é tema em destaque para centrais sindicais no Congresso
papa leão XIII e papa leão XIV
Com o nome Leão XIV, novo Papa homenageia Leão XIII, defensor dos trabalhadores e abolicionista
mapa mundi brasil no centro
IBGE lança mapa-múndi com Brasil no centro e hemisfério sul na parte de cima
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e meio ambiente
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas na Câmara