Ação de dissídio coletivo para servidores de Hortolândia será julgada no dia 29

Por reajuste salarial e melhoria de benefícios, categoria protestou diversas vezes em frente à prefeitura da cidade

 

Após 16 dias de greve, os servidores públicos de Hortolândia, município do interior de São Paulo, retornaram ao trabalho nesta terça-feira (21). A categoria decidiu suspender os atos até o julgamento de ação de dissídio coletivo impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Hortolândia (STSPMH), que será realizado no próximo dia 29.

As mobilizações em frente à prefeitura local foram suspensas, mas de acordo com o sindicato o estado de greve continua. Os trabalhadores reivindicam melhores salários e condições de trabalho. Mesmo com toda a pressão do povo nas ruas, o prefeito mostrou-se fechado para negociações.

Na avaliação do presidente do sindicato, Milton Vianna Pinto, a categoria se uniu e se fortaleceu ainda mais depois da paralisação. Ele explicou que, por conta da greve, “a população da cidade teve muitas conquistas, como compra de materiais higiênicos para atender as crianças das Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI) e de móveis escolares”.

A CSB SP apoia os servidores de Hortolândia. “A falta de diálogo e o total descaso com a pauta da categoria reforçam ainda mais a greve. Em vez de diálogo e negociação com os trabalhadores e trabalhadoras, a administração optou pelo autoritarismo e constrangimento da categoria e dos dirigentes”, frisou o presidente da Seccional, Tiago Pereira.

“É preciso lutar e vamos continuar a luta. O sindicato e os servidores têm uma pauta de reivindicações para melhorar as condições de trabalho, a atenção à saúde e a melhoria de atendimento à população e querem continuar negociando. Mas, para isto, o prefeito precisa deixar sua postura intransigente e se abrir ao diálogo”, finalizou o dirigente da Central.

Reivindicações
Entre as reivindicações da categoria estão 5% de ganho real e benefícios. “Só temos a cesta básica e o vale-transporte que são pagos. Não é nada dado 100% para o servidor. Estamos pedindo plano dentário gratuito para os servidores, custo zero da cesta básica até que se troque por um cartão de alimentação, vale-refeição e mudança de data-base”, informou Milton.

Conheça as reivindicações dos servidores na íntegra:

– Reposição das perdas inflacionárias do período entre abril /2017 e abril de 201;

– Ganho real de 5%;

– Plano dental com custo zero;

– Custo zero das cestas básicas e melhoria nos produtos;

– Fornecimento de 25 unidades de tíquete-refeição mensais no valor de R$ 20 a unidade;

– Mudança da data-base para março.

 

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