“Fórum – 8 de março” debate os direitos das mulheres

Equidade de gênero, violência contra a mulher e relações trabalhistas foram temas discutidos no evento que aconteceu no Rio de Janeiro

Para debater a realidade da mulher trabalhadora brasileira, a CSB e as demais centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (8), mais uma edição do Fórum 8 de março, na Central do Brasil, Rio de Janeiro. Em cinco horas de evento, mais de 300 mulheres discutiram o tema “Pela Vida e Participação das Mulheres: Nenhum Direito a Menos!”.

Saúde e vida da mulher, mulheres e sua relação com o mundo do trabalho e participação política das mulheres foram alguns dos assuntos que nortearam as falas de dirigentes e representantes de associações fluminenses. Em discurso, a presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e 2ª secretaria da Saúde da Central, Maria Barbara da Costa, falou sobre o assédio sexual e moral sofrido pelas mulheres nas mais diversas instâncias sociais.

“O espaço é público, mas o corpo não é público. É importantíssimo debatermos este e outros temas não só no dia 8 de março, mas durante o nosso cotidiano. O papel das centrais sindicais é tornar a questão da equidade de gênero uma discussão permanente e acessível a todas as pessoas, independente de classe social, nível educacional e etnia”, afirma a dirigente.

De acordo com Maria Barbara, no Brasil, as trabalhadoras chegam a ganhar 30% a menos em comparação aos colegas homens que possuem o mesmo cargo e exercem suas funções na mesma empresa. Com relação à violência doméstica, dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), de janeiro a outubro de 2015, apontam que das 63.090 denúncias recebidas pelo órgão, 37,72% correspondem a mulheres em situação de violência que sofrem agressões todos os dias e 33,86%, semanalmente.

Por conta deste cenário insustentável, a regional da CSB no Rio de Janeiro promoverá, no dia 29 de abril, uma ação para estimular a discussão sobre os temas mais urgentes do universo feminino – como equiparação de salários e igualdade de gênero – e realizará um mutirão em atenção à saúde da mulher com aferição de pressão, glicose, entre outros exames de resultados rápidos.

No mesmo dia, também será relembrada a trajetória de luta da enfermeira e líder feminista Jerônima Mesquita – fundadora da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), em 1922. Jerônima foi pioneira na reivindicação pelo direito do voto feminino; autora do Manifesto Feminista de 1934; fundadora do Conselho Nacional das Mulheres, em 1947, e motivo do Dia Nacional da Mulher (30 de abril).

Clique aqui para ver a galeria de fotos de ações da CSB em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Compartilhe:

Leia mais
aumento emprego entre mulheres
Número de mulheres com carteira assinada aumenta 45% em um ano
nota centrais sindicais contra plano golpista
Nota das centrais sindicais: "União contra o golpismo e pela democracia"
Antonio Neto Sindis
Antonio Neto: Sindicatos devem aproveitar tecnologias e se adaptar para sobreviver
empresa obriga mãe voltar ao trabalho recém-nascido
Empresa é condenada por obrigar mãe a voltar ao trabalho uma semana após dar à luz
semana 4 dias de trabalho aumento produtividade
Empresa aumenta produtividade em 20% ao adotar semana de 4 dias; Brasil testou modelo
Antonio Neto 3 congresso cspm
3º Congresso da CSPM: Antonio Neto fala sobre necessidade de adaptação dos sindicatos
escala 6x1 prejudica saúde mental
Escala 6x1 prejudica saúde mental e produtividade dos trabalhadores, diz especialista
ministra esther dweck defende estabilidade do servidor público
Estabilidade do servidor é pilar de defesa do Estado, diz Esther Dweck em resposta à Folha
CSB no G20 Social
CSB defende fim da escala 6x1 e proteção aos direitos dos trabalhadores no G20 Social
movimento sindical g20 social rj taxação ricos
Centrais defendem taxação dos mais ricos e menos juros em nota pós G20 Social