O presidente da CSB, Antonio Neto, esteve em Brasília nesta quarta (8) e quinta-feira (9) acompanhando a Federação dos Trabalhadores Rurais do Distrito Federal e Entorno e para duas reuniões com representantes do governo federal.
A primeira agenda foi com o ministro da Previdência, Carlos Lupi, para tratar de diversos assuntos de interesse dos trabalhadores rurais. Os presidentes da Federação, João Batista, e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cristalina (GO), Erenilda de Assis, contaram ao ministro as dificuldades que muitos trabalhadores enfrentam para acessar os benefícios da Previdência Social.
“Vamos trabalhar junto ao Ministério para proteger os direitos dos aposentados”, disse o presidente da CSB.
Os sindicalistas também ressaltaram a necessidade de combater intermediários que exploram as dificuldades dos trabalhadores de conseguir os benefícios a que têm direito e organizações sem registro que fazem descontos exorbitantes em folha dos aposentados.
No dia seguinte, Neto e os demais companheiros da CSB tiveram uma reunião no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Batista e Erenilda relataram os problemas de infraestrutura e segurança enfrentados nos assentamentos do Incra na região, inclusive com casos de abuso sexual.
Participaram do encontro em nome do governo:
- Alexandre Conceição – assessor especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA)
- Rose Rodrigues – diretora de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamentos – INCRA
- João Carlos Reis – coordenador-geral de Apoio e Monitoramento de Propostas e assessor parlamentar ASPAR/MDA
- Shirley Anny – diretora do Departamento de Governança Fundiária – SFDT/MDA
Assentamentos em São Paulo
Antonio Neto aproveitou o encontro para entregar um ofício do Movimento dos Agricultores Sem Terra (MAST) pedindo agilidade na regularização de quatro assentamentos do movimento na região de Presidente Venceslau (SP) para dar segurança jurídica aos trabalhadores produzindo naquelas terras.
Desde janeiro de 2023, o MAST tem feito reiterados pedidos ao Incra SP para realizar o cadastramento das famílias desses acampamentos, mas os pedidos não são atendidos.
Ainda segundo o MAST, há dezenas de famílias nos acampamentos em situação de vulnerabilidade social, necessitando de cestas básicas para sua sobrevivência, água potável e lonas plásticas para guarnecer os barracos.
O movimento também denunciou que a Polícia Militar de São Paulo tem realizado ações violentas de reintegração de posse sem autorização judicial.