Entre os dias 5 e 19 de janeiro de 2025, em Washington, nos Estados Unidos, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) participou do Programa de Intercâmbio de Líderes Trabalhistas Brasil-EUA, reunindo lideranças sindicais de diversas categorias e de diferentes centrais sindicais brasileiras e americanas para compartilhar experiências e ampliar o conhecimento sobre as práticas trabalhistas em ambos os países.
A iniciativa nasceu da colaboração entre o Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil e o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, com o apoio de organizações como o Institute for Latin American and Iberian Studies (ILAIS), Florida International University (FIU), United Food and Commercial Workers International Union (UFCW), Solidarity Center e a Catholic University of America.
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A CSB foi representada por Vitor Imafuku, 1º secretário de Comunicação da central e sindicalista do setor de Tecnologia da Informação (Sindpd-SP). O programa proporcionou aos participantes um espaço para debates aprofundados sobre a história e os desafios do movimento sindical, com a presença de especialistas renomados do movimento sindical, do governo americano e professores universitários.
Durante o programa, os líderes sindicais discutiram:
- Legislação Trabalhista: Um comparativo entre a National Labor Relations Act (NLRA), legislação que regulamenta as relações de trabalho nos EUA, e a CLT brasileira, destacando os impactos de ambas nas relações de trabalho.
- Sistema de Justiça do Trabalho: Uma análise sobre as diferenças entre os sistemas brasileiro e americano, com foco na atuação jurídica e administrativa em cada país.
- Negociação Coletiva: Estudos sobre o modelo de negociação coletiva nos Estados Unidos, com ênfase no papel dos representantes sindicais durante as negociações e a atuação do conselho nacional (NLRB) e da agência de conciliação.
Além das discussões teóricas, os participantes visitaram instituições importantes, como a embaixada do Brasil nos EUA, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB), o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (DOL), o Departamento de Estado dos Estados Unidos, equivalente ao Itamaraty brasileiro, e a AFL-CIO, principal central sindical americana. As visitas foram essenciais para compreender como as políticas trabalhistas são aplicadas na prática nos EUA e as diferenças para o cenário brasileiro.