CSB e Fesmig participam da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras em Brasília

A CSB e a Fesmig (Federação dos Servidores Municipais e Estaduais de Minas Gerais) participaram da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras em Brasília nesta terça-feira (25). Representaram as entidades a vice-presidente da Fesmig e secretária nacional da Mulher Trabalhadora, Antonieta de Faria, e a diretora de Assuntos Previdenciários da Fesmig, Maria Abadia.

A capital federal amanheceu tomada por tambores, cantos e passos firmes de milhares de mulheres negras de todas as regiões do Brasil e de outros países, transformando Brasília em um grande espaço de resistência e afirmação política. A marcha, que teve início às 11h no Museu Nacional da República e seguiu em direção à Esplanada dos Ministérios, destacou a importância da presença das trabalhadoras do setor elétrico nesta grande mobilização nacional.

As pautas centrais da marcha incluíram o enfrentamento ao feminicídio, a garantia de acesso à água e saneamento, justiça climática, valorização do trabalho das mulheres negras e a implementação efetiva de políticas de reparação. O Manifesto Econômico da Marcha das Mulheres Negras de 2025 foi lembrado como um marco deste processo organizativo, reunindo reivindicações estruturais para combater o racismo ambiental, social e institucional.

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Para Antonieta e Maria Abadia, a participação na marcha reafirma a urgência de enfrentar o racismo estrutural, em que mulheres negras continuam sendo as mais afetadas pela desigualdade e pela violência institucional. Elas enfatizaram que a luta por reparação, dignidade e igualdade deve atravessar todas as categorias e instituições públicas, simbolizando o compromisso com a luta antirracista e com a defesa dos direitos das trabalhadoras do setor elétrico e de todas as mulheres brasileiras.

Além das representantes da Fesmig e da CSB de Minas, quilombolas, trabalhadoras rurais, ribeirinhas, mulheres urbanas, intelectuais negras, escritoras, líderes comunitárias e ativistas marcharam juntas, denunciando a violência, exigindo reparação histórica e defendendo um projeto de bem viver para mulheres negras e indígenas. Cartazes, cantos e palavras de ordem ecoaram pela Esplanada, reafirmando a força coletiva dessas mulheres que lutam diariamente por direitos.

A marcha contou também com a presença de importantes lideranças políticas. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reforçou o compromisso com políticas públicas voltadas à população negra. “Não podemos admitir nenhum tipo de transfobia, nem desrespeito à nossa diversidade. Queremos construir, em conjunto, políticas públicas para as mulheres negras deste país”, disse.

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