Centrais querem evitar concentração bancária no novo consignado para CLTs

As centrais sindicais esperam discutir com o presidente Lula nesta terça-feira (25) medidas que possam ajudar a reduzir o juro do novo crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada, o e-consignado, que deve ser anunciado oficialmente após o Carnaval.

No encontro nesta terça em Brasília, as lideranças sindicais foram convidadas para acompanhar o anúncio de que o governo vai liberar o saldo bloqueado do FGTS para os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário, que têm seus recursos bloqueados por dois anos mesmo em casos de demissão sem justa causa.

A liberação do FGTS para esses trabalhadores é uma reivindicação das centrais desde o início do governo por constatarem que grande parte daqueles que aderiram ao saque-aniversário e fizeram consignados com o recurso liberado uma vez ao ano sem se darem conta que não poderiam utilizar o saldo remanescente.

“O dinheiro do trabalhador foi travado no momento em que ele mais precisava. A decisão é um anseio de muitos brasileiros que ao aderirem o saque-aniversário não se deram conta das letrinhas de rodapé criadas pelo Paulo Guedes”, afirma o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, que estará no encontro com Lula.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defende a extinção do saque-aniversário do FGTS desde que assumiu a pasta, mas a medida não foi implementada por receio de prejudicar os trabalhadores que já contam com o recurso extra.

A expectativa é de que o novo crédito consignado, que será realizado via e-social, reduza a demanda pelo saque-aniversário e, consequentemente, a resistência contra sua extinção, além de ser uma solução para preservar o saldo do FGTS.

Agora, as centrais querem garantir que os juros do e-consignado sejam os menores possíveis. A preocupação dos sindicalistas é de que as reuniões em que os detalhes da nova modalidade de crédito não tiveram a participação dos representantes dos trabalhadores e nem mesmo de uma diversidade de instituições financeiras, contando apenas com nomes dos grandes bancos.

Por exemplo, os líderes sindicais pretendem cobrar que fintechs e cooperativas de crédito também possam oferecer o empréstimo, a fim de evitar que as operações fiquem concentradas apenas nos grandes bancos e aumente a competitividade. Nas estimativas do Ministério da Fazenda, os juros médios do e-consignado devem ficar em torno de 2,5%.

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