Central dos Sindicatos Brasileiros

Pelo Brasil, trabalhadores dizem não à reforma da Previdência de Bolsonaro

Pelo Brasil, trabalhadores dizem não à reforma da Previdência de Bolsonaro
Na foto, Antonio Neto discursa na Avenida Paulista; dia foi marcado por atos e paralisações contra a PES 06/2019, que tramita na Câmara dos Deputados

 

Desde as primeiras horas desta sexta-feira (22), entidades sindicais, movimentos sociais, trabalhadores de diversas categorias e partidos políticos de oposição, foram às ruas das cidades de norte ao sul do País para demonstrar insatisfação com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, que trata da reforma da Previdência do governo Bolsonaro e tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Convocado pelas Centrais Sindicais, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência  contou com assembleias, paralisações, passeatas, abraços coletivos em postos do INSS e abaixo-assinados.

No principal ato, 60 mil pessoas se concentraram em frente ao Masp, na avenida Paulista, em São Paulo.

O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, em sua intervenção, reforçou que a reforma é uma verdadeira destruição da Previdência e desafiou o governo a tomar outras medidas para economizar.

“Esta reforma não é uma reforma, é a destruição da Previdência Social que nós conquistamos em 1988. É destruir o futuro da Nação. Se querem economizar R$ 1 trilhão em 10 anos, é muito simples, revogue a Lei do Repetro, que em 20 anos dá R$ 1 trilhão em isenções para petroleiras do mundo, revogue todas essas isenções tributárias e fiscais, que chegam a quase R$ 400 bilhões, cobrem os devedores da Previdência, taxem os lucros dos bancos e as fortunas, mas não encostem as mãos na Previdência Social do trabalhador brasileiro. Se tocar a mão lá, nós vamos dar a resposta, seja por greve geral, seja com revolução. Não vamos permitir, nossa tarefa a partir de agora é ir para os aeroportos para pressionar os deputados e senadores. Agora é nossa hora para dizer para eles: Não à reforma da Previdência”, declarou Neto.

Assista ao discurso:

Alinhados à organização das centrais, os sindicatos se organizaram não somente nas capitais dos estados, mas também pelo interior do País, junto às suas bases.

Reveja a cobertura da CSB

São Paulo

Dirigentes do Sindvestuario de Guarulhos começaram a mobilização antes do nascer do Sol. De porta em porta, os dirigentes panfletaram em fábricas da base e conversaram com os operários.

Em Presidente Prudente, os manifestantes fizeram uma passeata pelas ruas do Centro. Concentraram-se em frente ao posto do INSS e caminharam até a prefeitura. São José dos Campos também organizou um ato que contou com a participação da CSB.

Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, o ato aconteceu na Esquina Democrática. O presidente da Seccional, Sergio Arnoud, deu o seu recado.

“Estamos aqui nesta cruzada contra a reforma da Previdência, que já era anunciada, pois quando eles assassinaram os direitos dos trabalhadores, na reforma trabalhista, eles queriam complementar,  jogando na miséria todos os trabalhadores e servidores públicos. Vamos derrotar o governo e vamos derrotar o mercado, que é quem está ditando esta reforma, que quer matar a classe trabalhadora”, disse durante o ato.

Além das tradicionais manifestações, os atos no estado gaúcho também foram realizados de forma diferente. Na cidade de Capão da Canoa, os manifestantes organizaram um abaixo-assinado que será levado ao Congresso Nacional. Já em São José do Norte, as escolas não funcionaram em apoio à Previdência Social. Ainda no estado, em Ijuí, a FEMERGS reuniu trabalhadores para protestar.

 Ceará

A Seccional Ceará foi para as ruas da capital, Fortaleza, e de Massapê, onde foi representada pelo SINDSEMMA. O presidente da Seccional, Francisco Moura, em seu discurso, garantiu que os movimentos permanecerão nas ruas em defesa da Previdência.

“Nós estaremos nas ruas firmes e fortes para defender a Previdência Social”, disse o dirigente.

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Minas Gerais

Juiz de Fora recebeu uma multidão que participou de caminhada pelas ruas do Centro até a tradicional escadaria da Câmara dos Vereadores. O presidente da Seccional, Cosme Nogueira, que discursou no ato, acredita que este é um grande dia.

“O dia de hoje não será apenas um dia de paralisação, será o início de um grande levante que irá derrubar este governo entreguista”, falou.

Paraná

Na Boca Maldida, tradicional ponto de mobilizações de Curitiba, os trabalhadores abraçaram o posto do INSS. Para o presidente da Seccional Paraná, Cacá Pereira, os atos foram importantes, mas o dirigente frisou a necessidade de os movimentos permanecerem unidos.

“Precisamos conscientizar a sociedade brasileira de que essa reforma vai prejudicar todos os trabalhadores. É o momento de estarmos unidos, de mãos dadas, no sentido de que não podemos perder tempo e ir para cima dos deputados que votam essas medidas. É o momento dos trabalhadores irem para as ruas e se manifestarem de todos os jeitos para dizer que esta reforma não é a reforma que eles merecem”, disse Cacá.

Espírito Santo

A Avenida Vitória, umas das mais movimentadas da capital capixaba foi palco dos atos contra a reforma no estado. Mesmo debaixo de chuva, os movimentos sindicais e sociais não arredaram o pé das ruas.

Mato Grosso

A cidade de Rondonópolis foi palco para manifestações contra a reforma. Filiado à CSB no estado, o SISPMUR esteva à frente dos atos, que aconteceram na Praça Brasil.

Goiás

Em Goiás, algumas entidades filiadas resolveram fazer o ato de maneira diferente. Foi o exemplo do SINDMETALGO, que foi para dentro das fábricas realizar assembleias e falar da gravidade desta reforma.

Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, os atos aconteceram na capital Campo Grande. O local escolhido foi a Praça do Rádio.

Brasília

Na capital Federal, as entidades promoveram um ato na Praça Zumbi dos Palmares. Entidades filiadas à Central também marcaram presença.

Rio de Janeiro

Os dirigentes da Seccional Rio de Janeiro da CSB também estivaram nas ruas. No centro da capital fluminense, os manifestantes saíram da Candelária e caminharam pelas ruas da região.

Maranhão

No Maranhão, a cidade de São Luis foi escolhida pelas centrais sindicais e partidos políticos para manifestarem sua posição contrária ao governo Bolsonaro, em relação à PEC 06/2019.

Pará

O Movimento sindical paraense realizou seu ato no período da manhã. A concentração aconteceu na Av. Presidente Vargas e seguiu em passeata até a Sede do INSS, na Av. Nazaré.

Amazonas

As entidades sindicais amazonenses também foram às ruas contra a reforma. Eles se reuniram durante a tarde, na Praça Matriz, no centro de Manaus.

Pernambuco

No Recife, as entidades filiadas à CSB participaram do ato que fechou as ruas do centro para gritar contra a reforma da Previdência.